29.11.12

Ficheiros secretos (1): como a Merkel manda na Europa


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Uma investigação top secret de agentes infiltrados por movimentos ativistas contra o atual estado de coisas, está em condições de fazer revelações bombásticas. A urdira de que toda a gente sabia (sem possibilidade de dissensão) vai ser provada com a reportagem. Os serviços secretos da Alemanha foram ludibriados. Microfones foram semeados nas salas dos ministérios em Berlim. Uma câmara escondida foi implantada no cabelo de Merkel por uma cabeleireira devidamente treinada. O que vai ser a seguir confidenciado é um terramoto. Nada vai ser como dantes.
Os agentes conseguiram obter gravações onde Merkel, entre dois bombons suíços e uma ida ao banho turco, mandata embaixadores para pressionarem os governos dos pobretanas países do sul a escolherem gente (para o governo) que tenha sido educada nas virtudes alemãs. Querem gente adestrada, gente respeitadora das façanhas germânicas, que propague os benefícios da retidão nas contas públicas.
Descobriram que quando a Merkel reuniu em Paris com Hollande, enquanto lhe afivelava a gravata para esta se inclinar para a direita, ditou instruções teutónicas que o assessor francês se apressou a registar. Também se soube que, num jantar de gala com Obama e o imperador do Japão, arrotou à mesa depois de embolsar três canecas de cerveja bávara, ao arrepio do protocolo diplomático.
Houve comunicações telefónicas que, apesar de encriptadas, foram interceptadas pelos ativistas que usam máscara sorridente e bigode aparado. Ficou-se a saber que até no Banco Central Europeu a danada manda, com Draghi a curvar-se respeitosamente perante a arrogância da chancelerina. Quando veio a Lisboa, no jantar de gala mandou o primeiro-ministro anfitrião dar o lugar ao dileto (dela) ministro das finanças, outra vez em atropelo do protocolo diplomático.
O pior de tudo, a descoberta mais insidiosa, é uma reunião da Merkel com o estado-maior das forças armadas num bunker que julgavam protegido contra a fuga de informação e, em pose orgiástica, berrou que estavam quase a alcançar o que Hitler não conseguira obter por bélicos meios.
É o Armagedão que se aproxima. Falado em alemão, para pouca gente o entender.

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