tag:blogger.com,1999:blog-6292925.post2671510431882486851..comments2023-11-05T07:39:39.727+00:00Comments on O felino: Da triunfante abstençãoPVMhttp://www.blogger.com/profile/00631989008407241656noreply@blogger.comBlogger8125tag:blogger.com,1999:blog-6292925.post-79764048641318220192008-10-24T11:15:00.000+01:002008-10-24T11:15:00.000+01:00A diferença é que quando não optas por uma mulher,...A diferença é que quando não optas por uma mulher, governas a tua vida na mesma.<BR/><BR/>Quando não optas por um partido, mesmo um mal menor, estás a deixar que os outros escolham “a tua mulher”.<BR/><BR/>É que vais ter mesmo de "viver com ela": por muito que nos custe, eles é decidem o IVA que pagamos, o IRS que pagamos, o funcionamento das Escolas dos nossos filhos, etc… <BR/><BR/>Ponte Vasco da GamaAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6292925.post-18095706631332341432008-10-24T10:43:00.000+01:002008-10-24T10:43:00.000+01:00Eu não assumi nada do que me imputas. A única cert...Eu não assumi nada do que me imputas. A única certeza que podemos ter quanto à dimensão da abstenção é que é muito difícil saber se são mais os abstencionistas responsáveis ou os abstencionistas irresponsáveis.<BR/>Com o actual estado de coisas (e a pobreza das personagens que dominam a paisagem política), vou continuar a faltar à chamada. Acho que já o disse antes: votar (num partido, ou num candidato) é como escolher uma mulher. Não é pelo mal menor.<BR/>Agradeço o palpite (“bom político”), mas declino. A razão é só uma: não quero.<BR/>PVMPVMhttps://www.blogger.com/profile/00631989008407241656noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6292925.post-25588435047062768832008-10-24T10:17:00.001+01:002008-10-24T10:17:00.001+01:00Resumindo (porque também não vai ser desta que che...Resumindo (porque também não vai ser desta que chegamos a um acordo sobre isto), a abstenção “com sentido responsável” só tem dimensão quando inclui os abstencionistas “irresponsáveis”. Assumes então que são poucos os que o fazem com racionalidade. Seria de facto interessante ver até que ponto os descontentes com a classe política se exprimiriam objectivamente, quantos seriam?<BR/>Admito que acabassem por não ser muitos.<BR/>E por isso volto à minha conclusão: temos os políticos que merecemos. Temos o país que merecemos. <BR/>E se queremos mesmo que algo mude, participemos então!<BR/>Tu serias um bom político!<BR/>Pensa nisso!<BR/><BR/>Um abraço,<BR/>Ponte Vasco da GamaAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6292925.post-50979388219646397322008-10-24T10:17:00.000+01:002008-10-24T10:17:00.000+01:00Resumindo (porque também não vai ser desta que che...Resumindo (porque também não vai ser desta que chegamos a um acordo sobre isto), a abstenção “com sentido responsável” só tem dimensão quando inclui os abstencionistas “irresponsáveis”. Assumes então que são poucos os que o fazem com racionalidade. Seria de facto interessante ver até que ponto os descontentes com a classe política se exprimiriam objectivamente, quantos seriam?<BR/>Admito que acabassem por não ser muitos.<BR/>E por isso volto à minha conclusão: temos os políticos que merecemos. Temos o país que merecemos. <BR/>E se queremos mesmo que algo mude, participemos então!<BR/>Tu serias um bom político!<BR/>Pensa nisso!<BR/><BR/>Um abraço,<BR/>Ponte Vasco da GamaAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6292925.post-24620199311063402662008-10-23T21:30:00.000+01:002008-10-23T21:30:00.000+01:00A frase chave é a seguinte (e cito): “Um povo que ...A frase chave é a seguinte (e cito): “Um povo que não comparece a votar, merece uma classe política medíocre como a nossa.” Só que discordo totalmente do sentido da relação causal. É porque a classe política é medíocre que o povo se vem demitindo de votar.<BR/>É óbvio que a classe política não muda por ser elevada a abstenção. Alias, esse será o principal motivo para a classe política assobiar para o alto quando se fala de abstenção: como devem sentir que são causa do problema, evitam falar dele. O que falta é a renovação da classe política. Uma vassourada de cima a baixo. Coisa pouco provável, porém. Por um lado, porque a política é parasitada pelos menos capazes, por aqueles que foram subindo nos aparelhos partidários e pouco mais são capazes de fazer fora da política. Por outro lado – e talvez em consequência daquele motivo – os que poderiam mudar este estado de coisas preferem fazer a sua vida fora dos holofotes da política. É um ciclo vicioso. <BR/>A proposta dos abstencionistas “com causa” (por assim dizer, para os distinguir dos abstencionistas desinteressados ou dos abstencionistas preguiçosos) se transferirem para as fileiras do voto em branco tem lógica, mas é ineficaz. A abstenção ainda tem significado, é sublinhada como dado relevante em cada eleição. Já os votos em branco não passam de uma minúscula nota de rodapé. É um dado quase imperceptível. O que aconteceria se muitos abstencionistas passassem a votar em branco? Se agora a abstenção, enquanto manifestação de protesto, já é desvalorizada, se houvesse a transferência para os votos em branco essa manifestação desaparecia do mapa. Seria um convite à perpetuação dos medíocres no palco da política.PVMhttps://www.blogger.com/profile/00631989008407241656noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6292925.post-56454103477869753052008-10-22T23:09:00.000+01:002008-10-22T23:09:00.000+01:00Não me importava que o voto fosse obrigatório, emb...Não me importava que o voto fosse obrigatório, embora também conviva bem com o facto de não o ser. Mas acho, de facto, que quem não exerce esse direito se auto-limita, auto-exclui. Tem esse direito. Mas não tem mais do que isso.<BR/><BR/>Mas vamos seguir a tua tese: a abstenção tem um significado. O pessoal anda descontente com a classe política e, como tal, não põe os pés nas mesas de voto. E aqui já estou até a admitir que os que faltam por pura deformação cívica, tipo “nem me lembrei que havia eleições”, ou “fui antes à praia” também contam como abstencionistas com a intenção que referi em primeiro lugar.<BR/>O que fazer?<BR/><BR/>Como a maioria não vota, mudamos os políticos? Baseados nisto? Como? Arranjamos políticos que cativem os votantes a ir lá? Mudamos o sistema? Tornamos o voto obrigatório e fazemos com que o Estado ganhe umas massas com este pessoal?<BR/><BR/>Diz-me tu, o que concluímos quando, por exemplo, a maioria da população que pode votar não o faz?<BR/><BR/>Algo vai mal, certo? E depois?… Achas que é dessa forma que a classe política vai mudar? Eu não acredito. Na prática são eleitos na mesma e como são menos a votar, os fanáticos que os rodeiam contam mais…! <BR/><BR/>Fico na minha, desculpa. Um povo que não comparece a votar, merece uma classe política medíocre como a nossa.<BR/><BR/>Ou então que diga o que quer! A passividade é um direito mas quando é exercida livremente não pode ser interpretada como um gesto com um significado objectivo. <BR/><BR/>Compreendo e respeito a tua abstenção, mas contigo estão muitíssimos que simplesmente se marimbaram. Na abstenção estão muitas motivações (e faltas dela), é muita subjectividade junta para se retirarem ilações sérias. <BR/><BR/>Quanto aos votos nulos, também inserem subjectividade (podem ser intencionais ou podem ser erros involutantários). Entendo que só o voto em branco, esse sim, diz: "nenhum merece o meu voto" <BR/><BR/>O resto é música para a classe política.<BR/><BR/>Um abraço,<BR/>PVGAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6292925.post-50278754177913374132008-10-22T13:54:00.000+01:002008-10-22T13:54:00.000+01:00PVG:A tua posição é muito mais “absoluta” que a mi...PVG:<BR/>A tua posição é muito mais “absoluta” que a minha: enquanto eu abro a possibilidade para outros significados da abstenção (aproveito a tua citação: “…também pode ser interpretado” – sublinho: “também”), tu encerras-te numa posição monolítica. Tanto assim que concluis que aos abstencionistas devia ser vedada a crítica. Era o que mais faltava! Já me bastam os totalitarismos encapotados do Sócrates e do Bloco de Esquerda.<BR/>Sugeres que o descontentamento deve ser expresso através da ida às urnas e do voto em branco (e por que não do voto nulo?). Com isso estás a extrapolar para os outros o que tu farias perante esse descontentamento. O problema é que essas extrapolações de comportamentos (“os outros deviam fazer como eu”) esbarram na muita subjectividade que existe entre as pessoas.<BR/>Percebo a tua exasperação com os abstencionistas – essas excrescências que não são merecedores da democracia. Só que enquanto a procissão passa, o problema da abstenção continua a ser varrido para debaixo do tapete. Como se não fosse um problema. Um problema que toca à porta dos actores políticos, muito mais do que aos abstencionistas. Para estes, o que fala mais alto é a consciência (atormenta-se pela sua abstenção?). E enquanto prevalecer a liberdade de voto (acima do dever de voto), ou enquanto não tivermos um sistema que obriga as pessoas a irem votar para não pagarem elevadas multas (Bélgica e Austrália, por exemplo), temos que aceitar conviver com a abstenção. <BR/>PVMPVMhttps://www.blogger.com/profile/00631989008407241656noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6292925.post-50084131383412797172008-10-22T13:02:00.000+01:002008-10-22T13:02:00.000+01:00Esta já uma das nossas mais antigas discussões.Não...Esta já uma das nossas mais antigas discussões.<BR/>Não concordo de todo com esta tua conclusão: "O facto de haver tanta gente que se recusa a escolher um entre tantos concorrentes às eleições também pode ser interpretado como sinal de que essas pessoas (mais de metade do eleitorado) descrêem nas capacidades dos políticos para matarem a crise".<BR/>Quem quer dar este sinal, vai às urnas e vota em branco.<BR/>Quem nem sequer vai lá, está também a dizer: "os outros que escolham!" Ou então: "não concordo com este sistema". Ou ainda: "não quero saber." Ou até: "Vou à praia".<BR/>Moral da história, neste "saco" estão demasiadas possíveis mensagens, pelo que não devemos concluír nada. A não ser mesmo, não contam. Quem se abstem de participar, também se deve abster de criticar.<BR/><BR/>E como diz o outro, a democracia é o pior de todos os sistemas, com excepçao de todos os outros.<BR/><BR/>Ponte Vasco da GamaAnonymousnoreply@blogger.com