tag:blogger.com,1999:blog-6292925.post445503050929798340..comments2023-11-05T07:39:39.727+00:00Comments on O felino: Um oráculo aterrador: fim do euro = guerra na Europa?PVMhttp://www.blogger.com/profile/00631989008407241656noreply@blogger.comBlogger6125tag:blogger.com,1999:blog-6292925.post-828179972063018592011-11-03T16:57:09.192+00:002011-11-03T16:57:09.192+00:00Sérgio:
Percebo a tua cautela - se me permites - p...Sérgio:<br />Percebo a tua cautela - se me permites - pedagógica. Uma pedagogia que se filia na experiência da história não é inconsequente. Há, todavia, uma diferença importante em relação ao passado: justamente o euro, que nos cimenta num destino comum. Os assomos de nacionalismo a que assistimos são de um nacionalismo pacóvio, mesquinho - quantas vezes fundado em preconceitos estéreis (para aqui chamados tanto os preconceitos que nos catalogam como preguiçosos, como o preconceito - era inevitável trazê-lo à colação, o inevitável Prof. Boaventura, o meu particular herói - que, com um mau gosto atroz, lembra que foram os alemães a provocar as duas guerras da primeira metade do século XX).<br />Se me perguntas o que espero diante da turbulência semeada pelo Papandreou, digo-te que estou dividido entre dois cenários. Ou o euro entra em colapso com a saída da Grécia (o que não é tão seguro como tantos adeptos da catástrofe querem alimentar); ou a saída da Grécia é como a ablação de um tumor que permite a sobrevivência do corpo até então doente. Estou mesmo na dúvida entre os dois cenários...PVMhttps://www.blogger.com/profile/00631989008407241656noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6292925.post-31276698652750063192011-11-03T16:49:08.834+00:002011-11-03T16:49:08.834+00:00V:
Não poderias sintetizar em tão poucas palavras ...V:<br />Não poderias sintetizar em tão poucas palavras a sensatez que devia prevalecer nestes momentos.PVMhttps://www.blogger.com/profile/00631989008407241656noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6292925.post-55616288177419260662011-11-03T16:40:41.948+00:002011-11-03T16:40:41.948+00:00Cláudia:
Convergimos em muito no que diz respeito ...Cláudia:<br />Convergimos em muito no que diz respeito ao projeto europeu. Talvez não tanto quando chega o momento de medir o pulso aos pergaminhos democráticos da UE. Não que isto seja entendido como uma válvula de escape à democracia, mas o contexto e o nível em que se situa a UE justifica que não se apliquem todos os preceitos da representação democrática a que estamos habituados nos países.<br />Dito isto, acho que nem vale a pena comentar as sinuosas táticas do PM grego. Valem o que valem - tanto como as sinuosas táticas do duo de lamentáveis líderes que a UE tem (Merkel e o acólito, o sr. Bruni): agendas domésticas e só agendas domésticas. Às vezes dou comigo a sonhar: oxalá Merkel e o Sr. Bruni estivessem, por sua vontade, no último mandato. Talvez então lhes chegasse aos neurónios um perfume europeísta.<br />Onde me situo numa escala menos pessimista é na relação entre a UE e os mercados. Se os mercados são assim tão doentios, eu diria que eles são suicidários. Especulemos: se a UE não resistir aos mercados, o que sobra para eles atacarem que nem abutres? Os EUA e a China?PVMhttps://www.blogger.com/profile/00631989008407241656noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6292925.post-65126820983905921822011-11-03T13:42:48.803+00:002011-11-03T13:42:48.803+00:00Toda a razão Paulo. O anunciado referendo é um tre...Toda a razão Paulo. O anunciado referendo é um tremendo embuste, uma farsa, uma tragicomédia (ou a supressão de um golpe de estado...). Se havia alguma coisa a perguntar aos Gregos teria sido antes da decisão do primeiro pacote, não agora.<br /><br />Toda a razão, salvo numa coisa, a meu ver: a guerra depende do nacionalismo (político e económico) e o euro tem sustido esse nacionalismo. Retirado esse travão, temo o pior. Nos dois anos que antecederam a 2ª GG muitas vozes na europa diziam "guerra? outra vez? impossível, impossível, nós aprendemos com a 1ª e se os nossos políticos forem tão burros ou tão loucos que para aí nos queiram levar, resistiremos" etc. etc.. Foi o que se viu.<br /><br />Mas: fenecerá, de facto, o euro às mãos da Grécia? parece ridículo! aparentemente não há sequer razão objectiva para tal; mas construções frágeis caem como dominós.<br /><br />Por isso, mais que agourar, é preciso que os europeus tenham medo, muito medo, de nova guerra. Para a evitarem a todo o transe, sejam quais forem as perdas e as cedências que tal implique. Uma guerra, ainda que "convencional", numa Europa pejada de (velhas) centrais de energia atómica??? nem é bom pensar... Há que ter juízo. Ou medo. Neste caso, será muito bom (talvez o único) conselheiro.Sérgio Liranoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6292925.post-91693702456047836922011-11-03T13:36:55.171+00:002011-11-03T13:36:55.171+00:00Parece que revisitamos a Idade Média, em que o des...Parece que revisitamos a Idade Média, em que o desconhecido era a miragem de um cataclismo. Já assim foi com a perspectiva do apelo ao FMI.<br />Agora, na clivagem do euro, cai o céu sobre as nossas cabeças?<br /><br />Talvez seja a visionária aplicação da dita "psicologia invertida".<br /><br />"Keep calm and carry on!"Vanessa, a Mãe Possessahttps://www.blogger.com/profile/17921221267607505340noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6292925.post-2010786059126061482011-11-03T13:31:32.892+00:002011-11-03T13:31:32.892+00:00Ao teu post:
Partilho a tua preocupação (assim me ...Ao teu post:<br />Partilho a tua preocupação (assim me parece) com um projecto europeu que tem na raiz um horizonte de Europa pacífica que também subscrevo. Concordo que não será (ainda) tempo de dobrar a finados – não há construções sem esforço e os nós górdios cortam-se... haja tempo e oportunidade. E a paciência e a vontade necessárias. <br />Mas: colhemos também o que se vem semeando – uma democracia representativa escassa e enviesada (concordarás eventualmente) que nunca foi devidamente convocada nem a compreender nem a sufragar a UE; políticos de pacotilha e de palhavã, que não parecem saber o que têm em mãos. É lícito pensar que o referendo de Papandreou é a capitulação perante um povo irado e eventualmente já o cheiro da pólvora – cenário surreal para uma Europa que gostava de se apresentar como luminária do Mundo, não vão muitos meses. E este é um risco real. A outra face da mesma moeda (que não é certamente o euro) anda estampada nos arroubos nacionalistas que vão pululando, nos Estados ‘ofendidos’ pela prosápia grega. Conclui-se: que a integração das soberanias não se sujeita ao argumento funcionalista; que os Estados nacionais estão ‘doentes’, na relação entre governantes e governados; e a UE, subsidiária também na legitimidade, assim doente está.<br />Quanto à questão funcional: a espuma das contas parece indicar que o euro poderá sobreviver à ruptura com os gregos (pese embora a má consciência da amputação que, a sê-lo, será inaugural na história da UE); mas poderá a UE sobreviver, como entidade política, aos mercados? É que, mesmo quando convergem, a ‘serem’ são entidades distintas, sujeitas a lógicas diferentes. Dos mercados vamos sabendo. E a UE: existe?Cláudia Rnoreply@blogger.com