Miguel Cadilhe, no Expresso do passado sábado:
“Social-democrata e monetarista? No longo prazo diria que sim, um sim oco de real alcance (sic). Releio, a propósito, os magníficos ‘Essays in Persuasion’, de Keynes. Começo pelo economista. 1933: Deve equilibrar-se o orçamento do Estado à custa de mais depressão? Não, nunca. É o contrário. É com a economia a crescer que se equilibra o orçamento. Passo pelo filósofo. 1925: “Am I a liberal?”. Sim, ele era um liberal atento à vida. Depois, liberais e monetaristas, de braço dado, antagonizaram keynesianos, filhos do liberal e da grande depressão. Parafraseio e pergunto-me, sou monetarista? Hoje, quem o não é? Não sou. Como os monetaristas, detesto o despesismo do Estado, as derrapagens e indisciplinas orçamentais, as burocracias, as sobrecargas fiscais, as péssimas afectações de recursos. Algo diferente deles, porém, rejeito todo e qualquer prociclicismo político nos ciclos económicos, por exemplo, subir impostos ou cortar investimentos numa depressão. E sempre admiti três boas causas de défice público num país como o nosso: bom investimento; boa reforma estrutural; má recessão (reforçando os estabilizadores automáticos). Por isso, saudei o novo Pacto europeu de 2005 e estive contra o velho Pacto de 1997.”
Hoje apeteceu-me dar tempo de antena a palavras imbecis. Mas aposto que o presidente da república terá aplaudido este artigo tão oco. Ele e o articulista do Expresso – que se auto-avalia como messiânica figura da paróquia de Bragança a Sagres – rezam pela mesma cartilha. (E mais não bastasse, menos se percebe a animosidade deste Messias contra quem lhe deu o efémero cargo de ministro das finanças, ainda que tivesse sido um erro de casting).
“Social-democrata e monetarista? No longo prazo diria que sim, um sim oco de real alcance (sic). Releio, a propósito, os magníficos ‘Essays in Persuasion’, de Keynes. Começo pelo economista. 1933: Deve equilibrar-se o orçamento do Estado à custa de mais depressão? Não, nunca. É o contrário. É com a economia a crescer que se equilibra o orçamento. Passo pelo filósofo. 1925: “Am I a liberal?”. Sim, ele era um liberal atento à vida. Depois, liberais e monetaristas, de braço dado, antagonizaram keynesianos, filhos do liberal e da grande depressão. Parafraseio e pergunto-me, sou monetarista? Hoje, quem o não é? Não sou. Como os monetaristas, detesto o despesismo do Estado, as derrapagens e indisciplinas orçamentais, as burocracias, as sobrecargas fiscais, as péssimas afectações de recursos. Algo diferente deles, porém, rejeito todo e qualquer prociclicismo político nos ciclos económicos, por exemplo, subir impostos ou cortar investimentos numa depressão. E sempre admiti três boas causas de défice público num país como o nosso: bom investimento; boa reforma estrutural; má recessão (reforçando os estabilizadores automáticos). Por isso, saudei o novo Pacto europeu de 2005 e estive contra o velho Pacto de 1997.”
Hoje apeteceu-me dar tempo de antena a palavras imbecis. Mas aposto que o presidente da república terá aplaudido este artigo tão oco. Ele e o articulista do Expresso – que se auto-avalia como messiânica figura da paróquia de Bragança a Sagres – rezam pela mesma cartilha. (E mais não bastasse, menos se percebe a animosidade deste Messias contra quem lhe deu o efémero cargo de ministro das finanças, ainda que tivesse sido um erro de casting).
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