Gorillaz, Clint Eastwood”, in https://www.youtube.com/watch?v=1V_xRb0x9aw
Ouviu a expressão “tirar o cavalinho da chuva”, era um possivelmente pai a informar o possivelmente filho que não havia cabimento a um possivelmente capricho. O petiz, esbracejando uma birra depressa extinta, engoliu a lava da má criação quando o pai dirigiu um olhar que entrou pelo seu olhar fundo. Fez-se silêncio, para agradecimento dos populares limítrofes que, mal o rapaz acentuou a curva dos decibéis ao abrir os pulmões em ajuda do berro misturado com pranto para ver se convencia o pai, as pessoas à volta logo dirigiram o olhar para a birra tonitruante. O rapaz deu conta, era ele no centro das atenções ali no centro da praça no centro da cidade, e toda esta roda gigante centrípeta foi o remédio suficiente para o silenciar. (Haveria de se confirmar, no devir que haveria de chegar, que o rapaz, já então feito homem de barba rija, detestava ser o centro das atenções.) Foi a atenção de todos os olhares à volta que convenceu o rapaz a “tirar o cavalinho da chuva”. É fresca a moda de não incomodar as vontades dos mais novos, sob pena de se declarar um choro com perímetro mundial e a poluição sonora se traduzir numa vergonha para os pais, nunca para os filhos que não se importam de flanar por tristes figuras diante do público. Dantes, as crianças não eram imperadores e imperatrizes. De acordo com este modismo hodierno, os mais novos depressa se investiram no papel de imperadores; e os seus pais, obedientes suseranos, condenados a pagar as vontades, caprichosas ou não, patenteadas pelos petizes. Naquele dia, ao dizer “tira o cavalinho da chuva”, aquele possivelmente pai repôs a ordem dos fatores. Sem chamar a si o estatuto de imperador (a monarquia caiu em desuso e os impérios ainda mais), devolveu o possivelmente filho à sua condição de filho.
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