Fui brindado com estes elogios de alguém que se faz passar pelo “Verdadeiro Artista”. A beleza da liberdade dos comentários é esta: deparar com a análise cáustica ao tom cáustico que perpassa das minhas palavras, aqui e ali pontuadas por desvarios “lamechas”.
O que me repugna, Verdadeiro Artista, repugna-me mesmo. Saiba que me esforço por ter o cuidado de usar as palavras correctas, com o seu sentido correcto. Não vou dizer que o consigo a todo o momento, dada a minha natural queda para a falibilidade. Por isso, não me repugna que a si lhe repugnem os meus excessos cáusticos. Também não me repugna que olhe para os momentos em que fujo do azedume e, pela sua lupa, são pura lamechice. Como diz o outro, é a “puta da subjectividade”! Se calhar admira Pablo Neruda; para mim é um poeta lamechas no seu expoente máximo – no que faço a distinção entre o que, para mim, é e não é lamechice.
O que me repugna, isso sim, é que alguém me trate por “amigo” quando não o conheço de parte alguma. Porque preservo as poucas, mas boas, amizades que tenho. E se me avisou para não exagerar nas palavras que utilizo, o mesmo reverte para si: não perverta as palavras, sobretudo quando estamos perante uma palavra (amigo) que, para mim, tem tanto valor.
O Ponte Vasco da Gama pergunta-me se estes (raros) momentos em que a sensibilidade fica à flor da pele não são propositadamente escondidos pelos mais abundantes momentos corrosivos em que o cepticismo e a língua afiada emergem. A tendência céptica não é um esforço deliberado para esconder alguma sensibilidade que por aqui circula. Tento libertar o que necessito de libertar. Mercê do descontentamento com o que me rodeia, é esse lado corrosivo do mundo que espicaça a minha acrimónia. E que vai pondo uma tampa à outra veia mais simpática que só a espaços vem cá para fora.
Talvez a solução seja abstrair-me do que se passa à minha volta, encafuar-me num universo mais aprazível e deixar a tal sensibilidade brotar.
O que me repugna, Verdadeiro Artista, repugna-me mesmo. Saiba que me esforço por ter o cuidado de usar as palavras correctas, com o seu sentido correcto. Não vou dizer que o consigo a todo o momento, dada a minha natural queda para a falibilidade. Por isso, não me repugna que a si lhe repugnem os meus excessos cáusticos. Também não me repugna que olhe para os momentos em que fujo do azedume e, pela sua lupa, são pura lamechice. Como diz o outro, é a “puta da subjectividade”! Se calhar admira Pablo Neruda; para mim é um poeta lamechas no seu expoente máximo – no que faço a distinção entre o que, para mim, é e não é lamechice.
O que me repugna, isso sim, é que alguém me trate por “amigo” quando não o conheço de parte alguma. Porque preservo as poucas, mas boas, amizades que tenho. E se me avisou para não exagerar nas palavras que utilizo, o mesmo reverte para si: não perverta as palavras, sobretudo quando estamos perante uma palavra (amigo) que, para mim, tem tanto valor.
O Ponte Vasco da Gama pergunta-me se estes (raros) momentos em que a sensibilidade fica à flor da pele não são propositadamente escondidos pelos mais abundantes momentos corrosivos em que o cepticismo e a língua afiada emergem. A tendência céptica não é um esforço deliberado para esconder alguma sensibilidade que por aqui circula. Tento libertar o que necessito de libertar. Mercê do descontentamento com o que me rodeia, é esse lado corrosivo do mundo que espicaça a minha acrimónia. E que vai pondo uma tampa à outra veia mais simpática que só a espaços vem cá para fora.
Talvez a solução seja abstrair-me do que se passa à minha volta, encafuar-me num universo mais aprazível e deixar a tal sensibilidade brotar.
3 comentários:
Começo a reparar que a revolta é contra ti, contra a emoção e o sentimento; estás a sentir, estás farto do fel e do confronto.O vento está a mudar...
O tempo é de amor ( não lamechas como tu lhe chamas).
Em breve vais conhecer o amor incondicional.
Tu estás a mudar, o universo continuará a equilibrar-se e talvez o teu contributo tenha sido( é) importante para isso.
Estes ultimos rasgos de extremo mau gosto e mesmo má educação ( penso que "O verdadeiro artista" utilizou a palavra como expressão de afectividade) são desculpáveis na perspectiva de que estás a crescer.
Bem vindo a um mundo novo,o mundo belo e lamechas que terás de mostrar ao teu filho.
see u in heaven
Sou o Carter
Relativamente a este teu parágrafo:
"Talvez a solução seja abstrair-me do que se passa à minha volta, encafuar-me num universo mais aprazível e deixar a tal sensibilidade brotar."
Gostaria de dizer o seguinte:
A solução não estará certamente nessa abstracção. Apenas acho que o que se passa à tua volta é muito mais do que estas realidades que comentas. Há "coisas" muito bonitas à tua volta, as quais raramente comentas (estou a lembrar-me de textos teus sobre o parque da cidade, a árvore, o dia dos namorados , etc.). De certeza que estas coisas "belas" têm um peso na tua vida maior do que as desgraças do Santana Lopes ou as invasões de campo. Por uma razão qualquer, e tens direito a isso, "atiras-te" mais para estas. Enfim, para quem lê, fica uma impressão de amargura para com o mundo que é contrariada com as excepções que referi.
Como já disse, tens direito a isso. Este blog é uma iniciativa tua, escreves o que bem te apetecer. Mas acho que deves estar mais disponível para "ouvir" outras opiniões/provocações e concordar, ou não, com elas. Acho que estás a ser demasiado radical com o Carter e a tua atitude acabou por lhe dar alguma razão.
Ponte Vasco da Gama
Creio que não posso ficar surpreendido com a sua reacção, ainda que fique um pouco triste pela imaturidade que revela.
Parece-me óbvio que a palavra "amigo" não foi usada para descrever uma amizade que nos unisse, mas sim e apenas uma simpatia cordial pelo Felino, um personagem que decidiu escrever as suas ideias num blog e que permite que estas sejam comentadas.
Nada nas suas ideias me repugna, meu amigo Felino. Considero a palavra demasiado forte e perigosa. Porque pode virar-se contra nós.
Não sei quem é Paulo Vila Maior. No perfil da página diz que é um homem de 36 anos, professor universitário. Deduzo que tenha um filho pelos poucos comentários que tenho lido.
É triste que um professor universitario e pai de 36 anos dê um exemplo de tamanha intolerância e imaturidade aos seus alunos e ao seu filho. É triste e irresponsável.
Meu amigo Felino, quem fica a falar sozinho é o senhor.
Verdadeiro Artista
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