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Não percebo a rebaldaria que por aí
andou quando a Sra. Merkel (ou, como corrigia ontem Miguel Esteves Cardoso no Público, a Engª. Merkel) veio de visita
à terrinha. Se são verídicas as historietas que nos conta gente muito ofendida,
ela é culpada da crise e dos sacríficos que prolongam a crise. Fazendo fé nessas
historietas, a Eng.ª Merkel é culpada porque foi ela que nos emprestou dinheiro
para sairmos do atoleiro (os outros países europeus são injustamente esquecidos).
Se assim é, as vaias e as comparações com Hitler dos que têm o direito de não
simpatizar com a Eng.ª Merkel fazem lembrar aqueles que cospem no prato que
alguém lhes deu a comer. Devem gostar de sopa com sabor a escarro (próprio). Se
estivessem atentos ao discurso que a Eng.ª Merkel proferiu, perante um atento
(e, dirão, servil primeiro-ministro português), deviam ter reparado numa frase
que foi mal interpretada. A senhora que, consta, nos governa desde Berlim sossegou-nos,
assegurando que tudo fará para que “Portugal
tenha um final feliz”. A malta, que até nos pesadelos deve ver a Eng.ª
Merkel, apressou-se a puxar lustro à hermenêutica oportunista. A Sra. Merkel estava
a pressagiar o fim de Portugal. Nem como protetorado nos querem, estes alemães
odiosos. Eu digo que se viraram para o lado errado das palavras. É que a Eng.ª
Merkel sabe que os Maias marcaram o fim do mundo para a vigésima-primeira folha
do calendário de dezembro do ano dois mil e doze. Ora se o mundo vai ter o seu
holocausto, que interessa pagar aos credores? A proclamação da Eng.ª Merkel
tinha um sentido enigmático que os detratores não souberam (ou não quiseram)
decifrar. Merkel estava a segredar ao ministro das finanças, por meias
palavras, que a dívida “colossal” não interessa. Assim como assim, o mundo
acaba daqui a trinta e seis dias. A seita folclórica que montou outra festança
para contestar a visita de Merkel, pode montar uma festa permanente até a vinte
e um de dezembro. Já nada interessa, até lá (e depois, menos ainda). Sigamos
para mais hedonismo. Com o selo da senhora que (dizem) manda em nós.
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