4.11.11

Morte aos banqueiros!


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(Um opúsculo segundo as modas.)
Morte aos banqueiros. Crucifiquem-nos à sua ganância. Que ao povo sejam desimpedidos os cofres onde repousam os ganhos usurários – o sangue absorvido ao povo seduzido pelo consumismo que o hipotecou até aos ossos, para gáudio da escumalha financeira. Convoque-se a polícia para dar guarida ao saque às mansões dos banqueiros. Os registos prediais que forneçam a localização dos bens desta ralé, por revolucionário imperativo. À populaça irada que seja autorizado deitar os pés, por enlameados que estejam, nos tapetes persas, as mãos engorduradas nas porcelanas milionárias, os olhos estupefatos na orgia de joias. Os mais petizes que entrem nos quartos da descendência onde se acotovelam os brinquedos nunca abertos, ou usados uma vez só. Sob proteção policial, que a maralha traga o pecúlio do saque.
E depois, depois tragam os banqueiros à praça pública, obrigatoriamente despojados de roupas, para a populaça se rir à fartazana com as suas panças gelatinosas que tombam sobre as partes pudibundas. Juntem-nos no centro da praça principal, rodeados pela horda em profusas gargalhadas, os dedos apontados prometendo a vingança que aquece em lume brando. À medida que o cansaço derrotar as gargalhadas e o cerco se agilizar, que o povo desfie o rol de acusações. Sem lugar a contraditório, que a justiça revolucionária e a emergência do momento o não autorizam. Assim como assim, se os banqueiros andaram décadas a sorver o sangue do povo com juros usurários e a camisa de forças do crédito em forma de sorridentes meninas vendedoras de paraísos, com o beneplácito de governos hipotecados aos interesses da grande banca e à traição dos pequenos hábitos burgueses, eis chegada a hora do ajuste de contas.
Quando soar o epitáfio das acusações, cerce a sentença: morte sem apelação. Morte aos banqueiros, morte aos bancos, o minarete esturricado do capitalismo em estertor. Outros capitalistas na ordem natural da exploração do povo estão na linha de sucessão dos justiceiros implacáveis. Até não sobrar vestígio do funesto capitalismo.
Depois, e só depois, começa o paraíso.

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