6.5.11

Como se explica a morte de um terrorista às criancinhas?


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Os maus afocinham no fim da história. Porque a maldade não pode triunfar. Os homens bons não perdem a esperança e montam operações que acabam com a derrota do mal, deposto diante da personificação do bem. A justiça pode demorar, mas num belo dia a maldade deixa de emprestar a sua tez macilenta aos dias que assim deixam de ser tristonhos.
Os maus de todo o mundo deviam aprender a lição. Que não se metam com os todo-poderosos com um arsenal inigualável e sofisticada tecnologia que não deixa ninguém às escuras por todo o sempre. Que não massacrem inocentes com a sua hipocrisia. As bombas que detonam sem olhar às vidas que arrastam consigo são a maior vergonha que é dado a uma criatura humana. E ai deles que tenham no cadastro um numeroso rol de vítimas, um populoso cemitério nas pontas dos dedos ensanguentados, que logo ficam no ponto de mira da implacável justiça que a civilização move contra a barbárie.
Quando os malandrins são apanhados no covil, ou são abatidos ou são trazidos à justiça para depois serem abatidos. O temível Bin Laden fez malfeitorias deploráveis. Destroçou tantas vidas que só eram culpadas por terem nascido (ou por estarem) na terra que ele e os fanáticos que o seguiam marcou como território blasfemo. Os bons da fita, arautos da civilização, deram-lhe caça. Vivo ou morto. Se fossem arautos de uma civilização que se gabasse de o ser, os caçadores cunhavam “vivo, de preferência”. Para o trazer a tribunal, que nestas terras que se reclamam epicentros da civilização é dado aos tribunais curar da administração da justiça. Mas foram os falcões que voaram mais alto. A divisa era “de preferência, morto”.
E assim foi. Tardou, esta – por muitos reclamada – justiça poética. O diabrete foi descoberto no seu covil. Os registos oficiais (que, por terem o cunho de quem montou a caça, deixam no ar dúvidas de veracidade) rezam que o terrorista não se entregou. Ripostou às balas dos caçadores. Sitiado, morreu deposto perante a superioridade do bem. O que as criancinhas precisam de saber não são estes pormenores sórdidos. Nem sequer precisam de receber nos braços um legado de incerteza e de insegurança, que esta decapitação do pior dos maus não ceifou a cabeça da hidra que espalha, com indiscriminada malvadez, um terror cego.
O que as criancinhas precisam de saber é que nas terras ungidas pela civilização há gente de mais (e muita com responsabilidade política) que proclamou, em frenesim, que a justiça tinha sido feita. Afinal, esta civilização é um patranha. Ela joga as mesmas cartadas dos inimigos que ainda estão nas trevas. O que distingue uma morte perpetrada pelo terror hipócrita, de um contentamento quase geral pela morte na ponta da baioneta do mandante desse terror? Nos bancos da escola, onde as criancinhas travam conhecimento com o conhecimento formatado que convém, dirão que há uma diferença que capacita: as maldades dos perversos são caóticas, deslegitimadas; mas as maldades dos bons, porque são praticadas pelos bons, aparecem embebidas numa aura de rectidão. Como pode uma morte sem a caução de quem foi inventado para assegurar a justiça (os tribunais – só para recordar) representar a justiça?
O que é feito da justiça? Às tantas, regressámos ao “olho por olho, dente por dente”. Talião no século XXI. Em plena “civilização” com tiques de barbárie.

1 comentário:

Anónimo disse...

Bom dia muito bem estruturado assunto , amei bastante, penso que poderiamos fcar amigos de blog :) lol!
Aparte de piadas sou o Rusty, e como tu escrevo webpages embora o tema principal do meu espaço é bastante diferente deste....
Eu faço sites de poker sobre bónus grátis sem teres de por o teu capital......
Gostei bastante aquilo li aqui outra vez
Voltarei!:)
Ps:desculpa o meu portugues