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Desafia os imponderáveis que achares no
caminho. Alinhava as fronteiras da impossibilidade, empurra-as sempre um bocado
mais à frente. Desembainha a espada contra os espartanos guerreiros que
prometem a preguiça. Olha as paisagens no conjunto, não te detenhas nos
pormenores que embaciam o estertor do tempo. Coloca o pensamento em modo de
fervura. Deixa-o em ebulição constante. Mesmo a dormir, que há ideias que proveem
de sonhos, ou baias que são desfeitas à custa de tanto combateres pesadelos até
que eles deixem de ser visitação do sono. Acima de tudo, não te intimides, não
deixes que o pensamento se coalhe aos pés de supostos imperadores que esgrimem
o que julgam ser uma superioridade intelectual. Apanha-os na curva em falso e
devolve-lhes humildade, que mal não lhes faz. Abraça as ideias todas, mesmo que
estejas embebido numa tempestade de ideias que fruem no aluvião em que o
pensamento medrou. Não desperdices nenhuma ideia à partida. Depura-as com o
tempo, com a densidade do pensamento que se deita sobre o pensamento que vem de
trás. Interroga as ideias. Sê o primeiro crítico das ideias que, a certo passo,
julgas à prova de bala. É que não há ideias à prova de bala. Refaz os
alicerces, revê os caminhos por onde prossegue o raciocínio, interroga sem
cessar, não te contentes com as respostas que sobram depois da embriaguez das
perguntas. Não há pensamento definitivo. É sempre work
in
progress. As mundanas tentações congelam o pensamento dentro
de um castelo exíguo, em ruínas. Não queiras ser refém da estreiteza da alma. A
grandeza maior é o sobressalto contínuo do pensamento que se enamora da
rebeldia. A grandeza maior é a importunação das ideias com cores sempre iguais,
sem palavras tecidas em melodias diferentes, sem o fulgor de achar caminhos
desconhecidos mercê das incómodas paredes de onde se solta o musgo da
sabedoria. Mas nota: a sabedoria é tão provisória como o pensamento.
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