18.1.06

As tunas

Ainda não é tempo delas. São um epifemónemo sazonal. Gotejam com intensidade no início do ano lectivo, com a socialização forçada dos caloiros. O auge, quando os estudantes atingem o zénite de um ano inteiro passado em festanças – a semana da queima das fitas. São uma casta de privilegiados entre os estudantes. Um escol, confraria onde a entrada só é franqueada aos que porfiam pelas inatas qualidades de instrumentistas, ou aos que se distinguem pela apetência apalhaçada.

Quando actuam, em momentos de arrebatamento colectivo, é todo um fervor universitário que vem ao de cima. Um sinal de pertença, um orgulho em serem estudantes universitários – como se as tunas fossem o sinal obrigatório de identificação. Ainda que tantas vezes o que os tunos (étimo por mim inventado para os membros das tunas) fazem seja tudo menos estudar. Pavoneiam a sua pertença à tuna, como se isso fosse o apogeu da carreira de um estudante. Desdenham dos que passam ao lado do fenómeno das tunas. Não hesitam em remeter estas ovelhas tresmalhadas ao ostracismo, párias que não se identificam com o que deviam ser.

Os tunos são espécimes mais curiosas do que as suas congéneres femininas. Noto que nelas a pertença à tuna é mais genuína, mais artística – se é que se pode falar em arte quando as tunas são mencionadas (concedo: o problema pode estar em mim, que sou tão esquisito no que toca a gostos musicais). Os tunos fazem parte da tuna como sinal garboso de masculinidade, diria mesmo prova de virilidade. Ser tuno é ter o tapete estendido para levar donzelas desvalidas no engodo. Daquelas que se deixam inebriar por meia dúzia de patacoadas de mentes ocas. Quando acordam, reparam na vacuidade perene que anda de mão dada com os tunos marialvas que coleccionam damas como semeiam na sua batina dísticos das cidades visitadas, quais medalhas de generais vitoriosos em tantas frentes de batalha.

Os tunos representam uma excrescência do estudante universitário: aqueles que se vão demorando nos bancos da universidade, porque são tantas actividades “extra-curriculares” em que embarcam que não chegam a ter tempo para estudar. Eternizam-se em matrículas sucessivas. Entronizam-se na condição de veteranos, de que se orgulham como se fosse a máxima aspiração de qualquer estudante universitário: arrastar-se na universidade por tempo infindável. Não contentes com o ridículo de que não dão conta, os veteranos exigem respeito de todos os outros, como se fossem suseranos. Talvez pela bazófia do “saber acumulado” (mas, que saber?). Tenho para mim que estes garbosos veteranos são o microcosmo dos parasitas sociais, como o são, em versão macro, os sindicalistas.

Para eles, ser estudante universitário é o supremo projecto de uma vida inteira. Chegam à universidade e o tempo pára. Gostava de saber o que é feito de tantos veteranos que andaram anos a fio a vegetar nas universidades; gostava de saber o que é feito das suas vidas, depois de se convencerem que tinha chegado momento de pôr fim à veterana condição. Terão encontrado forças para se reconverterem à vida das pessoas normais? Quantos levarão uma vida comezinha, frustrada, imersa na nostalgia do “brilhante” passado dos dez, quinze anos demorados a tirar um curso universitário?

Já o disse, os tunos consideram-se um escol. Os primus inter pares, como se sabe, acham-se no direito de usufruir de regalias vedadas à pessoa comum. Os tunos, investidos nos privilégios que se auto-concedem, não fogem à regra. Laureiam a pevide ano fora, em festanças sem fim, actuações pelos caminhos de Portugal e além-fronteiras (nessas convenções masturbatórias colectivas que são os “festivais de tunas”) e depois reclamam direitos especiais.

Em tempos, fui abordado por um tuno que, pose cabotina e ar de superioridade a rodos, exigia uma época “para-além-de-especial” para fazer um exame a que iria faltar. Ia em representação da tuna (e, considerava ele, da universidade) para o Brasil, o que o obrigava a faltar à última chamada de um exame. Perguntei-lhe porque não se acautelou, porque não foi a uma das anteriores chamadas. Fez de conta que não percebeu e insistiu na exigência. Desejei-lhe boa viagem e que teria todo o gosto em avaliá-lo no ano seguinte.

25 comentários:

Anónimo disse...

é com isto que queres o "prémio nobel da literatura"???

quem desdenha quer comprar...

se calhar deveria instruir-te mais acerca das tunas antes de falares delas. a sério, dar-te-a mais credebilidade... e inteligência.

e já agora, as excepções não fazem a regra.
há muitos profesores universitários que são umas bestas. mas isso não faz todos os profesores universitários umas bestas.

se eu fosse diabético também não gostaria de açucar... as patologia são assim. deformam a mentalidade e a consciência das pessoas.
cura-te!!!

Anónimo disse...

Caríssimo,

a um (suposto) professor o mínimo que se exige é que quando fala, saiba do que está a falar.

Ora tal não é definitivamente o caso e poderia dar-me ao trabalho de desmontar ponto por ponto o seu post, baseado unicamente na realidade e não em palpites e atoardas avulsas como é o seu caso.

A verborreia por si produzida não me merece no entanto mais do que um simples e singelo desprezo, não deixando no entanto de lhe sugerir que se informe melhor sobre o tema em apreço para que não faça a figura de ignorante que está a fazer e que tão mal fica a qualquer pessoa e muito mais a um professor...

Cumprimentos.

Anónimo disse...

Curioso,
Sou de uma pequena tuna, por onde, nestes quase dez anos de actividade, deixaram rasto trinta e tal pessoas. Dos que demoraram mais tempo a licenciar-se, a quase totalidade cumpriu funções associativas (presidentes de AE, presidentes de mesa da Assembleia da AE, representantes no Senado da Universidade, entre outras). Dos já licenciados, não conheço nenhum desempregado, e já temos (em contas redondas) três mestres, quatro pós-graduados, quatro mestrandos e um doutorando.
Mas não é só na minha tuna. Conheço diversos "tunos" (não sabia que tinhas mais de quatro séculos de vida, para teres criado a palavra "tuno") de outras tunas, passe o pleonasmo, que já são doutorados, ou que têm carreiras profissionais de grande sucesso.
Adiante.
De repente, lembrei-me! E aqueles professores universitários que se arrastam pela sua escola adiando eternamente a apresentação do doutoramento, legitimando a prorrogação de prazos com os mais variados malabarismos legais, ou com a anuência de um qualquer cacique universitário?
Um abraço e um murro no catchaço

Anónimo disse...

Não tenho por hábito – entre outros – fazer duas coisas que passo a enumerar; a 1ª será analisar frustrações sejam elas de que índole sejam, porque a minha formação académica não me permite tal; assim sendo, passarei em frente neste campo, pois não consigo lidar com aqueles que atacam gratuitamente as tunas – ou o que seja - somente em duas ocasiões, quando chove e quando não chove, como parece ser o caso. Não tenho uma visão “de claque”, lamentavelmente ou talvez não.

A 2ª coisa que não farei é algo que a vida me ensinou e não qualquer lente ou sebenta universitária, vida da qual muito me orgulho, tendo por lá passado não 15 anos mas 5 belos anos e com aproveitamento e sendo Tuno (palavra que descobrimos ter sido “inventada” agora por alguém…), como outros tantos Tunos que conheço e que hoje exercem até altos cargos, mais altos até que o de Professor Universitário e por exemplo; pasme-se que até Espanha teve um Tuno como 1º Ministro, de seu nome Adolfo Suarez e não consta que tenha sido mau de todo para o seu povo. Mas isso agora não interessa para nada: Não me arrogo no direito de julgar tudo e todos e muito menos de falar do que não sei. Mas vamos ao que interessa.

Ó Inclemência, ó Piedade, atrevo-me a dizer. Escol, casta de previlegiados gostava eu de saber como e porquê, pois a prática demonstra simplesmente o oposto. Quando as Tunas em Portugal serviram os altos propósitos do Ensino Superior como meio de divulgação das mesmas, num mercado cada vez mais competitivo, não era esse o discurso certamente. Serviram e muito bem (ou não..) para promover a imagem de um ensino superior activo, atractivo, pujante e, quando se percebeu – e a culpa não foi certamente das tunas – que já não valia a pena a aposta feita, usaram-nas como fraldas descartáveis e bode expiatório para tudo o que de mau enferma em torno do suposto ambiente académico. Quantos sites de Dignas Instituições de Ensino Superior neste país, há dez anos atrás, colocavam como “isco” a novos ingressos o facto de as mesmas terem uma “activa e atractiva vida académica”, da qual as tunas foram a sua 1ª linha, a sua “tropa de combate”? Bem sabemos que hoje não é assim. Deve ser esse o nosso “previlégio”, servir de explicação a tudo que, nada tendo a ver com o trabalho que as tunas exercem, pode ser visto como negativo no ambiente académico. Julgo estarmos perante a teoria dos “culpados do costume”; por aí, não vamos a lado nenhum, amplamente vacinadas que estão as tunas em Portugal neste particular em concreto – e em outros, já agora.

Bem sabemos que não estamos isentos de culpas nesta matéria; tratando-se de uma cultura universitária e académica muito própria e que assumiu contornos de “boom” a nível nacional, naturalmente que há de tudo; pergunto-me se porventura, não haverá de tudo em todo o lado, ou somente é nas Tunas que há incompetência, abuso, falta de civismo, ignorância, arrogância e por aí fora? Por aqui, também não vamos a lado nenhum; até a Igreja Católica Romana se debate com casos de pedofilia, prova acabada do atrás dito. Por aqui, também não vamos a lado algum. A não ser que as expectativas de “pureza da raça tunante” fossem assim tão altas, coisa na qual nunca acreditei e não necessito de ser Docente Universitário para perceber isso. Como também é natural em qualquer actividade que se procure uma relação entre o objecto e a melhor forma de o executar, algo que também não acontece na sua plenitude em lado algum, diga-se.

Sem dúvida alguma que é todo um fervor académico que vem ao de cima quando se actua ou se é Tuno até (o Tuno não faz parte da Tuna, é Tuno, ser-se Tuno está na esfera pessoal e interior do mesmo e não na esfera corporativista; peço perdão mas não se pode inventar o que inventado já foi e o Tuno há Séculos que existe, remeto para pesquisas atentas e quase catedráticas sobre o tema, já que a prosápia é muita, há que consolidá-la com factos históricos amplamente disponíveis até.
É um sinal de pertença, de orgulho certamente e que nada tem a ver com a única identificação possível de uma instituição ou colectivo de estudantes em geral. De todo. Antes sim com orgulho em se pertencer não a uma elite ou escol, mas sim com orgulho na pertença a uma cultura secular, com raízes históricas e que se procura preservar, nada mais que isso. Voltamos a um caminho sem saída, que é quando se confunde orgulho com arrogância. O Apogeu da carreira de um Tuno é ser-se Tuno de facto, basta a condição e seu exercício de facto e que não é medido pelo número de tonéis de vinho que se ingerem; o apogeu do Tuno Estudante Universitário é ser Tuno de facto e terminar com aproveitamento o seu curso superior. Onde há incompatibilidade entre uma coisa e outra? Em lado algum, excepto em algumas mentes desinformadas ou de má fé.
Nunca um Tuno vota os seus pares ao ostracismo, senão não é Tuno, é alguém dito como tal. È precisamente ao contrário, o Tuno não vota ninguém nem nada ao ostracismo, assume a sua diferença – nem mais nem menos, apenas diferente – e convive com todos de forma saudável e à sua maneira, como qualquer outra. Senão, seria o mesmo que dizer que o deputado vota o seu povo ao ostracismo só porque o é, ou o Professor Universitário, por exemplo. Mais um caminho sem saída…

Por outro lado, a concessão seja de quem for sobre a nossa actividade ser ou não ser cultura só a nós, Tunas, nos obriga; Melhor do que dizermos ou tocarmos ou fazermos é o reconhecimento que os outros nos dão ou não: Pressinto más experiências e compreendo, até, a razão de tal confusão. Mas se nem todos os padres são pedófilos, também nem todos os Tunos e Tunas tocam mal ou produzem ruído, como certamente nem todos os Lentes corrigem testes de frequência atirando-os ao ar, sendo que os que caem na cama são positiva e os que caem fora da mesma são negativa…Mais uma rua sem saída.

Ser tuno é ter o tapete estendido para levar donzelas desvalidas no engodo. Supremo poder de atracção ou efeito “Axe” quase que diria! Até sugere que em mais lado algum tal não ocorre, sendo que a culpa de tanta virgem desonrada mora apenas e tão só nas Tunas! Quase violação de facto, até se poderia dizer, visto que a Mulher assume aqui, nesta frase, papel de espectadora e não papel activo de facto, fazendo lembrar aquela anedota de que “ se há violações é porque elas não colaboram…”. Isto começa a parecer aqueles condomínios fechados de vivendas recém construídas onde nenhuma rua ou viela tem saída…Mais adianto, todos sabemos sem excepção, algumas histórias de notas “bem atribuídas” ou de promoções a nível profissional derivadas da escassez não das respostas prontas e positivas mas antes do pano da saía ou – para não ser sexista – das saliências musculadas dos abdominais…
Ser Tuno é um sinal garboso de virilidade, obviamente que o é e não vejo nisso – como em tantos outros sinais de virilidade existentes – algo necessariamente de pernicioso. Sugiro, mais uma vez, leitura e pesquisa atenta das origens dos Tunos e Tunas de uma forma ampla.


Quanto à frase “garbosos veteranos são o microcosmo dos parasitas sociais, como o são, em versão macro, os sindicalistas.” (fim de citação), já acima me debrucei sobre essa temática. Que os há, isso há mas não é só nas Tunas certamente. Não há, contudo, motivo de preocupação, pois o parasitismo que estes “Tunos” praticam não afecta em nada, comparando com outros sectores da actividade social, cultural, politica, etc etc etc. É que ser-se cábula sai do bolso em propinas numa dialéctica muito dentro do microcosmos familiar. Estranho usar-se a Tuna – uma vez mais … - quando sempre houve cábulas que nunca foram Tunos, Ministros que nunca foram políticos ou professores que nunca souberam dar aulas e por aí fora. Mais uma endeless road …

Muitos após a entronização até, conseguem ter vidas absolutamente normais; professores, quadros técnicos, empresários de sucesso, até deputados, sindicalistas até mas também todas as outras áreas da vida activa. Curioso é a confusão entre entronização do estudante cábula e o Tuno. Sou Tuno há 15 anos e tenho a minha carreira profissional devidamente consolidada e em nada colide uma coisa com outra, bastando para tal saber-se estar e ser. Tuno e Homem. O resto é prosápia que me diverte, se considerarmos que os Festivais de Tunas são convenções masturbatórias colectivas apenas com uma diferença face a outras convenções colectivas existentes na nossa sociedade; vai ver quem gosta, toca quem sabe, há uma clara “contraprestação de serviços” simples, franca, sincera e que mostra o que somos, para o bem e para o mal. Também gostava de saber o que é feito dos deputados que andam anos a fio a vegetar na Assembleia da República, mas se não souber, não fico a moer o desconhecimento e depois, desatar a “vingar-me” nas Tunas e Tunos…ou nos professores….ou wathever!


Desejou boa viagem ao Tuno que ia para o Brasil e que requeria uma chamada extra para exame, quando teve outras oportunidades antes para o fazer, o mesmo Tuno, esperando revê-lo no ano seguinte? Fez muito bem, porque eu faria o mesmo no seu lugar, certamente. Mesmo que pressupondo que as Tunas, na sua actividade, já beneficiam – as que beneficiam – de condições especiais que eu considero plausíveis desde que responsáveis e responsabilizadoras para os mesmos. Terminei o meu curso superior em 5 anos, fiz várias convenções masturbatórias colectivas e fui duas vezes ao Brasil com a Tuna sem uma única época especial ou outras benesses seja de que género seja. Voltei de lá, já estou cá, trabalho dia após dia e continuo na Tuna. Não me parece que isso me diminua face a quem quer que seja. Antes pelo oposto, antes pelo oposto.

À laia de conclusão, nada de novo neste artigo. Bater no “mesmo” é hábito geral. Desconhecer o que é o “mesmo” também. Não estamos cá – julgo eu – para agradar a tudo e a todos. Normal. Eu não gosto de bacalhau mas admito que seja bom e faça bem à saúde. È a diferença. Mesmo que haja bacalhau estragado (que certamente não é comestível). Mas lá que se fala de nós, isso fala. Sinal de que estamos cá, existimos, somos força activa cultural, com coisas boas e más, certamente. Ninguém perde tempo a escrever seja sobre o que for se tal não tiver qualquer interesse. As tunas agradecem o deferimento.

Anónimo disse...

Caro Dr. Paulo Maior:

com certeza fez confusão entre duas coisas: "veterano", em praxe, e "Tuno" (palavra corrente em espanha desde, pelo menos, meados do séc. XVI).

A imagem que V. Ex.ª cola aos tunos é a dos veteranos. Não sejamos inocentes: de facto, vemos tunas a actuarem em quase todas as semanas de "actividades de socialização de alunos que se matriculam no primeiro ano pela primeira vez" (v.g. recepção aos caloiros), altura que aproveitam para publicitar as suas actividades, tentando captar novos talentos. Quem criticaria um coral universitário por isso? Ou uma equipa desportiva de uma faculdade? Ninguém, por mais que as equipas desportivas universitárias treinem e - com isso - faltem às aulas, correndo o risco de chumbo. Facto que ninguém parece criticar. Pelo contrário: acha-se natural, até, e, porventura, necessário. Mas que uma tuna ensaie parece crime de lesa majestade. Que uma equipa universitária participe nos campeonatos e regresse tarde no domingo à noite, parece natural. Será que os atletas universitários só bebem água quando vão para "estágio"? Olhe que não, sr. Professor, olhe que não... Isto é irreverência: numa tuna, é palhaçada e devassidão. Que a universidade ceda o autocarro a uma equipa que milita em último lugar no campeonato há 10 anos seguidos, é em prol do desenvolvimento. Que o faça a uma tuna, é alimentar burros a pão-de-ló.

Mas o caso não está nas equipas universitárias - Deus os guarde e leve a muitos campeonatos! Está na disparidade de critérios! Nem de disparidade se pode falar, já que estes casos nem são aflorados.

As tunas, com tudo o que têm de mal:

recuperaram instrumentos que estavam desaparecidos ou em vias de desaparecer, como é o caso do bandolim e respectiva família;

recuperaram e criaram repertório (nem sempre com o melhor gosto, é certo);

revitalizaram e reestruturaram mercados estagnados, por via da procura: cordas, palhetas, instrumentos, estojos, afinadores, pautas, literatura, etc., etc.;

restauraram ou salvaram do esquecimento e da bancarrota as indústrias associadas a esses instrumentos e bens paralelos (q.v. supra);

levaram e continuam a levar a muitas localidades deste país os únicos vestígios de cultura (ainda que mal amanhados, em alguns casos, é certo).

Tudo isto, para o bem e para o mal, é muito mais do que podem dizer o Ministério da Cultura e os institutos que, neste país, tutelam a cultura. Repare V. Ex.ª que eu até concedo que neste país haja institutos que fazem alguma coisa pela cultura, que não seja subsidiar filmes a preto e peças de teatro que têm mais actores do que espectadores - isso sim, verdadeiras masturbações colectivas. Colectivas é uma força de expressão, naturalmente. Não sei o que possa haver de colectivo numa sala vazia, mas...

Tem toda a razão V. Ex.ª quando fala de CERTOS veteranos. Teria toda a razão ao descrever assim ALGUNS tunos. Nenhuma, quando fala dos Tunos como um todo. Nem sequer se pode falar assim da maior parte.

O sr. está indignado com as excepções. Bem vindo ao clube.

Falemos de um colega seu, prstigiadíssimo catedrático de uma das faculdades mais prestigiadas do país. Num exame, faz a seguinte "pergunta": "Levante uma pergunta que considere pertinente sobre a matéria abordada ao longo do ano e dê a respectiva resposta". Apenas isto numa folha A4.

Sem mais comentários, despeço-me com a esperança de que um dia se lhe depare a oportunidade de ver tunas a sério.

Anónimo disse...

Só não percebo uma coisa, este tipo de textos são incrivelmente habituais (e desconto aqui, os textos humorísticos que também os há de muitas outras actividades e que me consigo rir com eles). Nem sequer são originais (em criatividade e em conteúdo). E em todos eles existe sempre uma ligação directa entre o estudante cábula, o veterano, que tem orgulho em acumular matrículas, etc etc... Porquê?! Juro que não percebo...
Será que todos esses estudantes são tunos? A maior parte?
Não... sabemos que não...

Chego a preferir que fosse verdade que os estudantes maus e sem qualidade moral estivessem todos na tuna... é que em cada universidade devem existir uns 30 tunos por cada 3000 alunos, não?
Seria uma boa média... em 3000 estudantes, 30 eram de qualidade medíocre. Antes assim fosse.

Há cerca de dois anos a minha tuna tinha três alunos com bolsa de mérito (atribuída ao melhor aluno de cada licenciatura). Alguns antigos colegas de tuna fazem agora investigação em várias universidades noutros países, REPUTADÍSSIMAS no mundo inteiro, onde este senhor professor nunca entrará...

Não entendo este estereotipo. Sei que devia ser imune as estas "patacoadas" (palavra do senhor professor que também me apeteceu usar) que se atiram para o ar. Mas fico, mais que revoltado, triste. Desiludido até.

Uma vez, a minha foto em grande plano com mais quatro colegas, apareceu no jornal "Púlico" a acompanhar um artigo de opinião sobre tunas que tinha o título de "Javardos", cuja temática nada tinha que ver comigo ou com a minha tuna. Não tive possibilidades económicas de lutar em tribunal por um castigo para o jornal. E tudo se passou normalmente.
Os meus pais leram a notícia e não só ficaram tristes como preocupados. Estavam habituados a que a minha expressão e a minha voz fosse de felicidade quando falava sobre a minha tuna. Já me tinham visto tocar na sala mais conhecida da minha cidade. Acho que através do orgulho que eu sentia em ser tuno, também eles sentiam um pouco de orgulho. Perguntaram-me então se aquelas coisas se passavam na tuna, se era assim a tuna.
Imaginei as pessoas que leram o artigo em todo o país. O que terão pensado das tunas. Que desilusão... Senti-me triste a sério.

Estou numa tuna onde não recebemos dinheiro da universidade. Também não exigimos porque sabemos que há outras prioridades. Viajamos sim, resultado do nosso trabalho, da nossa música, dos convites que recebemos e que sabemos retribuir...
Organizamos um festival anual onde temos o orgulho de conseguir encher uma sala emblemática com pessoas que pagam um bilhete (barato) para ver tunas e que saiem sorridentes. Ensaiamos duas vezes por semana, à noite, por vezes depois de dias "enormes" em que o que apetecia era descontrair a beber umas cervejas como os outros estudantes. Não nos queixamos, fazêmo-lo por gosto. Vivemos a nossa vida sem chatear ninguém e procurando que a universidade nos ensine mais do que apenas o que vem escrito nos livros... que sobretudo nos ensine a sermos pessoas dignas... humanas... com sentimentos... com música, claro (acho que na UE só o nosso estado dá tão pouca importância à música no ensino público). Formamos musicalmente pessoas na tuna com conhecimentos que mais ninguém na nossa sociedade lhes soube dar de forma gratuita. Antes todos os músicos da nosso panorama musical fossem tão talentosos como alguns colegas tunos que já tive oportunidade de conhecer.
Muito do meu tempo é passado com a tuna, directa ou indirectamente. Mas tenho ainda mais actividades na minha vida.
Nunca chumbei a uma cadeira. Tenho sete matrículas na universidade porque decidi mudar de curso a um ano de o finalizar (se estivesse na universidade apenas pelo canudo, talvez não tivesse tido a coragem de o fazer e estivesse agora atrás deste computador frustrado a escrever esta mensagem).
Nunca faltei a um ensaio da tuna para estudar para um exame. Faltei uma vez a uma actuação para estudar para dois exames importantíssimos e acabei por chumbar (:D). Fá-los-ia mais tarde por exame de recurso (daí que, e tendo em conta que o objectivo de um bom exame é apenas saber se o aluno tem os conhecimentos que era necessário ter adquirido, não sei se o senhor professor não podia ter dado a oportunidade ao estudante).
E nunca usei a época especial a que tenho direito, como o têm os dirigentes associativos dos núcleos ou associação académica, ou os desportistas da universidade, ou os alunos finalistas, ... (Porque será que só pegam nas regalias das tunas?)

Isto tudo para dizer que trabalhamos a sério para representar a universidade (sim, representar a universidade!) duma forma que a dignifique, para sermos felizes e para levarmos uma vida académica mais humana do que aquela da luta sem escrúpulos pela décima a mais.
Mas no final de tudo, estamos constantemente a ler estes textos...

Estou a estudar agora uns meses fora de Portugal. Em conversa com colegas meus de outros países, contei-lhes tudo o que é o estudante universitário em Portugal, as tradições, a capa negra, as serenatas, o romantismo das rondas nocturnas das tunas, o que é viver numa cidade onde em cada noite que passa pode acontecer caminharmos pela rua e ouvirmos uma guitarra soar enquanto vislumbramos um grupo de estudantes de negro cantando debaixo duma janela.
Os olhos dos meus colegas brilhavam de encanto e diziam-se invejosos de não existirem tais tradições nos seus países.

Mas em Portugal, esses são os javardos.

Se um tuno chamasse a um jornalista, ou político, ou senhor professor, ... "Javardo", certamente não faltariam vozes que dissessem que isso era resultado da falta de integridade das pessoas que passam por uma tuna...

Conversa velha esta.

Terminando:
se o senhor professor fala com tanto conhecimento das tunas, imagino que já tenha estado numa... já tenha rido, vivido, cantado à chuva, dormido no carro, tocado nos sítios mais estranhos, conhecido ministros, jornalistas, apresentadores e também peixeiras, senhoras da fruta e floristas, sapateiros e ucranianos da construção civil, talvez já tenha bebido um copo de vinho de adega no Portugal profundo e outro com um homem de nariz vermelho e barriga grande, imagino que tenha estado na televisão e nos jornais, já conheça os bastidores de algumas das salas mais conhecidas do país e até já tenha feito sorrir os idosos de um lar, se calhar já apanhou uma bebedeira ou outra por ter encontrado amigos de uma vida, mas também já viu alguém amar ao som duma música bonita, já viu a rapariga mais linda do mundo sorrir e talvez até já tenha... no fundo, amado alguém...
Isso, senhor professor, chama-se viver! Ser Tuno é Viver! E não se aprende nos livros que lemos na universidade e que, felizmente, nos ajudam muito na vida.
Mas nesse caso (o de ter pentencido a uma tuna), o senhor professor é também um desses parasitas da sociedade que quis descrever.

Claro que também se pode ter dado o caso de nunca ter pertencido a uma tuna... aí, dizia a minha avó (e se calhar até está escrito nalgum livro) quando eu era criança e ainda só tinha ouvido falar em tunas, "não se deve falar daquilo que não se conhece"!

Ficou-me para toda a vida...

Saudações académicas.

Anónimo disse...

Vamos generalizar? E não é que o senhor Professor Doutor, com apenas 37 anos de idade, é licenciado em Direito, numa privada, mas só com 14 valores? O que é que andou a fazer durante o curso? Certamente não perdeu tempo com actividades extra-curriculares ou até académicas, por isso não se compreende como não se dedicou mais ao estudo para apresentar uma média de relevo! Para além disso, é docente na Universidade Fernando Pessoa, uma escola bem conhecida pela sua (suposta!) categoria... Só lá entram alunos com médias brilhantes e os professores são sujeitos a uma selecção muito rigorosa! Por que não lecciona numa Universidade Pública, senhor Professor?

Anónimo disse...

V. Catedrática senhoria (desculpe a ironia, mas não posso evitar), certamente que pelos seus estudos, saberá o velho adágio "Somos donos do que sabemos, mas escravos do que dizemos".

Seria, pois, de bom tom que postulasse um pouco mais de bom senso e fizesse prova de maior idoneidade, quando pretende averbar-se conhecedor de coisa alguma em termo de tunas.

O senhor inventou tanto o termo "Tuna" quanto eu inventei o termo "música".
Dissesse isso num exame de História da Música e levava um chumbo redondo por tal heresia "plagiagística" (passo o neologismo).
Faça o favor a si próprio de não se expor ao ridículo quanto a assuntos que ultrapassam largamente as suas competências e saberes académicos e o seu entendimento musical. Eu sempre tive por hábito não querer passar por sábio em matérias que não domino, não só porque tenho dois dedos de testa, mas porque me habilitaria a um dia ficar embasbacado ("...escravo do que dizemos". Lembra-se?)".

Os seus gostos musicais são seus, e ainda bem que há diversidade de gostos. Não gostar é um direito, mas não tente passar por autoridade musical com opinativos laivos de censor ou redactor de inquisicionais Index.

Já V. excelsa sumidade académica me parece, ainda assim, pouco esclarecido sobre a vida académica ao tomar a parte pelo todo. Deixa muito a desejar essa argumentação; não lhe fica bem, antes pelo contrário!

Como se os tunos fossem o paradigma do estudante calão (e como se fosse V. douta senhoria que pagasse a propinas dos mesmos) e como se os estudantes que o senhor refere como sendo "mobília das universidades" fossem votados ao insucesso. Poderia citar-lhe inúmeros casos do contrário, alguns que, actualmente, o olharia de cima para baixo em termos profissionais.

Faço o favor de separar as águas e não misturar veteranos com tunos, pois nem todos os veteranos são tunos (e vice-versa), mesmo se os há (ou houve).

Olhe, já agora, fui veterano e fui (e ainda sou, passados 15 anos) tuno. Aprendi muito nas diversas actividades em que me envolvi ao nível associativo, cultural e musical, desenvolvendo competências que não se aprendem nas salas de aula, que o senhor não saberia, certamente, transmitir pela forma como demonstra tamanha falta de conhecimento de causa.

Há de facto aspectos negativos a apontar a certos estudantes, mas também os há positivos. Não generalize, porque se o fizermos, também, quanto a professores universitários e outros, também encontraremos de tudo (e o meu caro interlocutor seria capaz de ficar na franja menos prestigiada, a crer pela sua suposta média e tipo de discurso).

Também sou professor e lecciono numa prestigiada instituição de ensino (incrível, não, para quem foi veteranoe e é tuno!??).
Tenho a vida estabilizada, tenho família e só tenho a agradecer não ter optado por ser "marrão", feito robô especializado que só sabe daquilo que estudou e pouco mais. O ensino universitário é bem mais que a licenciatura em si, e o senhor deveria saber disso. Deverá ter muito que contar aos filhos e netos da sua vida universitária: a crer no seu discurso, falará de horas a ler, a estudar, a investigar, as aulas que teve, as suas intervenções e resultados escolares........... óptimo para adormeçer esses mesmos filhos ou netos, diga-se..
Devemos incentivar o estudo sério e de qualidade, mas sem com isso tolher as experiências que concorrem para a formação integral da pessoa.

Maus exemplos há-os, não apenas na universidade.
Não queira é assumir-se defensor de uma nova Esparta e agir vestindo a pele de um qualquer Torquemada; não depois de ter prestado um tão mau serviço á imagem do docente; o primeiro a saber que está sempre a aprender e que deve apenas transmitir o que sabe.

V. omnisciente presunção fá-lo esquecer que "a medida que usamos com os outros, será a mesma que usarão connosco". Parece-me, pois, que neste tema, o meu caro "expert" desafinou demais. Se é falta de solfejo, ouvido ou total falta de jeito........... isso não sei, mas que não gostei da sua música........... lá isso não - e olhe que também sou muito esquisito nestas coisas, principalmente com músicos de sofá.

Espero que possa fazer uma sensato exame de consciência, reconhecendo que em assunto de tunas (e mesmo de tradição académica)não passa de um calão, que meteu os pés pelas mãos na prova escrita, e que terá de repetir para o ano esta cadeira.

Anónimo disse...

Caro Prof. Paulo:

calo-me, perante esta alocução, pedindo desculpa por anteriormente não me ter identificado.

Saudação (pelo Prof. Dr. Aureliano da Fonseca)

Vou contar-vos uma pequena história:
Em 1937, por esta época do ano [Outono], dois estudantes desta Universidade, e também tunos, reuniram-se em um café desta cidade, já desaparecido, e reflectiram sobre o que era ser estudante e o que era ser tuno.
Acerca de ser estudante, interrogaram-se:
Será estudante apenas aquele que estuda e porventura tem avidez de conhecimento, de sabedoria?!
Querer saber não é atributo da criança e do jovem, como do adulto que jovem continua a ser?!
Deste pensar, será estudante quem mantiver o desejo de saber e com o saber o espírito de juventude!
E ser jovem, o que é?!
Não é ser idealista e também acreditar em efémeras ilusões?!
E nessas efémeras ilusões (ficções ou miragens), não estão os "seus amores", porventura de breve duração, "como as rosas de um dia", "perfume de sonho que se sonhou"?!
Assim pensando, em dada canção dedicada aos estudantes, que o mesmo é dizer, aos jovens que o sejam, está dito:
Quero ficar sempre estudante
para eternizar a Ilusão de um instante...

a pretender-se guardar no sacrário do nosso ser, esses ideais e sonhos de amor, perdurados pelo tempo fora com espírito jovem -porque o espírito não tendo corpo não envelhece!

E ser tuno?!
Certo califa lendário de Tunes (hoje capital de Tunísia), foi considerado "rei" de grupos de ociosos que deambulavam pelas ruas, tocando, em instrumentos de corda, canções populares, ao mesmo tempo que pediam dinheiro ou comida para o seu sustento.
Este costume, passando para a Espanha pelo século XVI, foi adoptado por estudantes boémios, a denominarem-se tunos e os seus agrupamentos tunas; e sucessivamente difundiu-se pelo países onde se falava o castelhano, como por Portugal quando do domínio dos Filipes.
Mantendo o hábito de deambular, juntaram às canções populares de folclore outras de feição poética e de amor; e por vezes com o cantar também dançavam.
Mais tarde, transformaram-se em conjuntos artísticos de universitários, arautos das suas escolas, atitude curiosamente intensificada nas últimas décadas, a ser talvez protesto contra o supérfluo e o desvalor, e porventura por outros motivos a carecerem de estudo sociológico profundo.
Além dos instrumentos de corda, a poderem ser numerosos, algumas tunas incorporaram violinos, flautas e recentemente até acordeons. A presença de uma ou mais pandeiretas, peças, aliás, de origem tunisina, é indispensável.

Conclui-se: se, ser estudante, é ter ânsia em saber e espírito jovem, ser tuno será exaltar em música e canto o ânimo de ser estudante e o vigor da juventude, virtudes a deverem ser permanentes e sem idade!

Deste modo, a todos vós saúdo, saudações de um estudante que estudante continua a ser, e de um tuno que continua a ser tuno por espírito e por saudade.


Porto, (Auditório da Reitoria da Universidade do Porto), 9 de Novembro de 1995

Aureliano da Fonseca

P.S. O Prof. Doutor Aureliano da Fonseca, actualmente aposentado, e que foi o autor da música do tango "Amores de Estudante", foi um dos dermatologistas de referência do nosso país e um TUNO de corpo inteiro e espinha de aço.

Quod erat demonstrandum.

Anónimo disse...

Exmo. Sr. Professor,

Quando não sabemos o melhor é estarmos calados...

Se, talvez perdesse algum tempo a analisar conscientemente os temas dos quais escreve, não incurreria em tais erros. A sua falta de conhecimento sobre a matéria é tão grande que chega a roçar o ridiculo.

Sou Tuno já lá vão 5 anos, fui dirigente associativo durante 2 e este ano termino a licenciatura que me propos acabar quando para a Faculdade entrei em 2001. Para além do mais sou trabalhador-estudante. Não vejo onde a frustração possa encaixar...

Ser Tuno é mais do que uma simples palavra, que decerto V. Exª. não inventou, é um sentimento, uma forma de crescermos como "homens", de desenvolver o espirito critico e acima de tudo preservarmos uma tradição secular, de levarmos a cultura e tradição Portuguesas aos mais variados pontos geográficos.

Como em tudo, existem coisas boas e más, é verdade. Mas como pode comprovar pelos comentários que foram surgindo em resposta ao seu, uma coisa V. Exª não poderá ignorar, as Tunas existem e quer queira quer não são uma lição de e para a vida para todos os que por lá passam! Pelos vistos não é o seu caso.

Em suma, aconselho-o mais uma vez a pesquisar antes de submeter comentários, e sinceramente depois de tudo o que foi dito gostaria de ler um comentário seu de resposta!

Atenciosamente

Anónimo disse...

Documente-se, leia, investigue, oiça tunas... Aprenda sobre elas, aprenda a respeitá-las, aprenda a ver a regra e a excepção.
Conhecer a tradição, o espírito que caracteriza uma tuna...

Quando aprender... falaremos!

Anónimo disse...

Ora cá está mais um blog de masturbação psicológica própria! Mais um a falar ao vento porque gosta de se ouvir... e é tal a enebriação com a sua verborreia, que se esquece de parar quando ultrapassa a linha do ridículo!

Lamentável...

Já agora o que diram as Tunas da Universidade Fernando Pessoa sobre este "tratado" ?? LOL!

Anónimo disse...

Caro Sr.Professor Doutor por Extenso:

Profundamente penhorado com os considerandos científicos que Vª Exª usa para denegrir as Tunas, fui impelido, talvez inconscientemente confesso, a visitar o seu blog, numa viagem onde o denominador comum é, sumariamente, dizer mal e numa óptica negativista de tudo o que se mova, respire ou exista, com o qual o Sr. Porfessor Doutor naturalmente, não concorda.
Sugere-me tal discorrer empírico pelo seu Blog estarmos manifestamente perante alguém que se aproxima do estatuto de Divina Providência, a quem a Nação - Burguesia, Povo e Clero, bem como a Corte, certamente - deverá pedir, qual Evita Perón, os seus inegáveis préstimos a fimd e salvar a Pátria. Pensavamos nós que "quem nunca se enganava e raramente tinha dúvidas" seria o nosso futuro Presidente da República. Enganamo-nos, afinal.

Com elevada Consideração, Estima e até inveja...

Anónimo disse...

Esta coisa dos jornais de parede virtuais acaba por dar nisto.
Então eu agora não posso insultar ninguém sem que essoutro se insurja? Malandros! Larguem o meu blog. É meu e eu não quero comentários. Ou ainda não perceberam a linha editorial do "Felino"? Não? Então vejam as outras postas (de pescada). Acaso têm comentários para lá dos da minha mãe e do meu tio? Deslarguem-me. Chiça penico.

Anónimo disse...

Não queres comentários, retira-os simplesmente... Ou ainda não aprendeste como isso se faz?? :) Há uma opçãozinha no teu blog que permite isso... ;)
"Postaste" aqui algo que é um desrespeito a muita gente deste país, não só tunos como pessoas ligadas directa ou indirectamente às tunas.
Desculpa tratar-te por tu, mas acho que uma pessoa que ofende desta maneira não merece ser respeitada!

Anónimo disse...

Exmo Sr Professor

Não irei de modo nenhum entrar em discussões e muito menos verter meio dicionário para dizer uma palavras breves sobre o que escreveu.
Em 1º deveria saber que está a plagiar a palavra tuno, já alguém pensou nisso há pelo menos 150 anos.
Em 2º penso que sabe, para um professor será normal, que falar sem conhecimento de causa alvitrando loucuras não é muito correcto, além do que ofender na generalidade é atacar no particular assim sendo deixo o meu testemunho:

Tenho 27 anos, fiz o meu curso de engenharia entre 96/2001 seguidos e como começei a trabalhar em 2001 (8horas dia)e fui fazendo de noite as duas cadeiras que faltavam tendo acabado em 2002 continuando a trabalhar na mesma empresa.
Até hoje já trabalhei como técnico nessa empresa de consultoria, numa Embaixada e agora num Ministério.
Vivi um ano na Ásia e conheço quase todos os continentes.
Assumi funções associativas várias ao longo destes anos.
Continuo a pertencer e a participar na minha tuna com muito orgulho ido a todos os eventos que possa para ver os meus AMIGOS porque é isso que são meus grandes amigos, alguns com filhos outros solteiros cada um com a sua vida.
Todos nós, falo por mim e pelos meus amigos, ficamos muito longe do quadro que pintou.

Obrigado por me ouvir, assim como eu e a minha tuna existem centenas de outros casos, talvez alguns como disse mas como esses também existem "civis" nas faculdades e muitos...
manuel

Anónimo disse...

Simplesmente para dizer que além de tuno e de veterano da tuna (o que obriga a que tenha havido dedicação tuna), estou entre os 5 melhores alunos que entraram no meu ano para o meu curso, para não dizer entre os três. Não tenho cadeiras para trás e estou mo último ano. O que me diz disto? Surpreendido? Nem vou falar do que ganhei em ser tuno pois com certeza que muitos amigos já o deixaram aqui bem explícito. Isto de falar da boca para fora tem muito que se lhe diga... é que depois o tiro sai pela culatra...

Anónimo disse...

Ora viva,
Desde já te dou os meus parabéns. Chocado? Estranho? Indignado?
Sim dou-te os meus sinceros parabéns. Pois és tu (suspostamente do MATA), que nos da força para continuar e para sermos cada vez melhores. Tem de existir sempre alguém do contra, para exercer a critica tanto no meio social, politico, no mundo das academias e dessas mesmas tradições, de tunas, entre outras.
Eu não vou perder tempo em explicar-te, o porque e tentar me justificar, e muito menos tentar fazer-te mudar de opinião.
Eu tenho os meus ideais e tu os teus. Notando-se que falas ao de leve por não saberes do que falas em concreto enfim, é o que da falar sem saber.
São pessoas como tu que nos tornam mais fortes, saudáveis, e com garra para levar os diversos conjuntos de tradições avante.
Tu certamente foste e és um frustrado. E é neste testo que o mostras.

Mas ainda bem que existe só é pena o ar que respiras.

Sem mais assunto me despeço,
Um abraço deste Tuno…

Anónimo disse...

"Ou ainda não perceberam a linha editorial do "Felino"? Não? Então vejam as outras postas (...)Deslarguem-me. Chiça penico."

Meu caro, apenas lhe digo uma coisa (relativa a esta "posta" e a outra qualquer): quem diz o que quer ouve o que não quer.

Anónimo disse...

...caro professor antes de começar a dizer mal a torto e a direito de tunas, tunos, veteranos e por ai fora, esqueceu-se que também estava a atingir pessoas... ora quanto a mim merece o seu blog inundado de comments a este post o que lhe prova que nós tunos vivemos no nosso mundinho.. tudo bem... mas sabemos defendermo-nos uns aos outros quando é preciso seu grande mentecapo...

Anónimo disse...

Caro professor,
como é obvio congratulo-o por ter tido a coragem de dar a sua opinião num blog sobre tamanhas instituições académicas que são as tunas.
Mas agora pergunto-lhe: conhece todas as tunas para as estar a por todas no mesmo role? Ou só viu uma ou duas e já julga o todo por uma parte?
.. não creio que seja muito inteligente da parte de um professor académico fazer isso.
Pelo menos os meus professores sempre me tentaram incutir o respeito pelas actividades alheias que podendo ou não agradar-me, não deveria critíca-las sem ter bases de fundamentação muito fortes para depois poder contra argumentar.
Agrada-me ver que nao se atreveu a responder a nenhum dos comentarios aqui deixados por tunos .. sinal que afinal não tem bases nenhumas para se basear.
Como é obvio, também eu sou tunante (ou tuno, que ao contrário do que diz no seu artigo, não é um substantivo inventado por si . .sendo assim que se chamam os membros efectivos de cada tuna) e podendo dar o meu proprio exemplo, tenho o orgulho de dizer que não sou veterana e que até agora não tive razão nenhuma que me levasse a crer que um dia me tornaria numa por ser uma das melhores alunas do meu curso, já reconhecido por diversos professores ... mas que também brando aos sete ventos que sou tuno e com muito orgulho.

Anónimo disse...

Concordo absolutamente consigo Srº Professor.

As tunas do IST então, são vergonhosas!!!!!

Anónimo disse...

So pa ajudar ao raciocinio:
Faço parte de uma tuna de medicina que forma por ano 4/5 novos medicos, os mesmos q 6 anos antes entraram como caloiros pa tuna...q acabam o seu curso nos 6 anos devidos e q sao actualmente excelentes profissionais e tlvz ate ja tiveram d te ajudar num qq hospital ou a alg familiar/amigo...em 10 anos de tuna n ha ng q xumbe 1 ano..tds nos divertimos e aproveitamos estes fantasticos anso d estudante...
devias informar-te melhor ants d falar...
sinceramente.

Anónimo disse...

realmente dizem que não há descriminação no nosso pais então o que é isto ...
tunas não é o equivalente a elites...
senhor Porfessor doutor faça o excelentissimo favor a toda a comunidade estudantil e cominidades cientificas de todas as universsidades e institutos deste país informe-se...
não irei repetir os discurssos dos meus caros colegas não é necessário
mas fique o senhor sabendo que faço parte de uma tuna feminina com 17 anos de existência e que nela me orgulho... embora haja excelenssimos prof. que por eu a esta pretencer já mandarma a sua piada,pois é mas por sorte ou por azar para os dignissimos prof eu tenho feito as cadeiras todas,não tendo nenhuma em atraso...
nada mais tendo a acrescentar deixo a indicação que se informe que ouça tunas até mesmo as da sua universsidade e procure interagir com ela pode ser que aprenda algo de novo.

Anónimo disse...

É triste a ignorância.
Não merece mais comentários.