In http://blogmail.com.br/fotos/2009/09/mais-sobre-a-empresas-de-silicone-mamario-silimed.jpg
Lembro-me dos livros do Asterix, quando ele exclamava,
depois de arrumar um batalhão de romanos, que eles (os romanos) estavam loucos.
Se Asterix viesse à terra diria que são os que herdaram a sua nacionalidade que
estão loucos. E a porem muitas no mesmo estado de demência.
Isto vem ao caso a propósito de uns pedaços de
silicone envenenado que andaram a ser fabricados em França e metidos nas
maminhas de senhoras pouco satisfeitas com o calibre das mesmas. O problema já
foi identificado pelo presciente presidente da Venezuela: é o mal do
capitalismo, que espalha os seus tentáculos por todo o mundo. Oxalá as
fronteiras estivessem fechadas e as mercadorias não andassem a saltarilhar de
terra em terra. Ao menos, fosse o sonho isolacionista cumprido, só as francesas
andavam com o credo na boca.
Semeado o pânico, agora assumiu foros de pandemia
(ou quase). Já se discute em público a vontade do generoso sistema nacional de
saúde pagar, e na íntegra, a subtração dos implantes mamários às senhoras que
estiverem atemorizadas com o risco do contágio pela envenenada matéria. Saltam
para a praça pública tribunos inflamados. Uns assinam por baixo. É para isto
(evitar problemas de saúde pública) que o sistema nacional de saúde tem
serventia. Os outros destilam irritação: se elas pagaram para alterar o seu
centro de gravidade, por que haveremos de ser todos a pagar para restaurar a sua
forma natural e, por assim dizer, menos generosa?
É uma discussão estéril. O que interessa é que
estas senhoras sintam a autoestima nos píncaros. Se elas estiverem bem, andamos
todos mergulhados em bem-estar. E não interessa que agora pisemos as veredas do
paradoxal: onde se havia de imaginar que, afinal de contas, small is beautiful? Sinais dos tempos.
Até aqui a austeridade chegou (no que austeridade significa emagrecimento à
força...).
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