28.12.07

Sócrates desmascarado (como os outros o olham)

Confesso: um secreto prazer ao ler as palavras que vou transcrever a seguir. São um resumo da análise à presidência portuguesa do Conselho da União Europeia, feita por um think-tank sobre a União Europeia com o cunho da imparcialidade (euobserver.com). É pena que estas palavras não sejam compulsadas numa notícia num qualquer jornal da paróquia em que vivemos. Por cá, só temos direito a uma visão heróica da presidência, com muito bacoco orgulho patrioteiro à mistura e a grandiloquência do timoneiro que chefia o governo. A versão completa está aqui. Deixo apenas as passagens mais interessantes, porque desmascaram (de fora para dentro) a imagem encomiástica que nos foi vendida à exaustão. (Os destaques são da minha responsabilidade.)

"When small Portugal took over the EU's six-month rotating presidency from the bloc's largest member Germany on 1 July, it found itself faced with the tricky task of clearing the last political hurdles standing in the way of a new EU treaty. Berlin had used all its political weight to forge a deal on a detailed treaty blueprint at a high-drama summit in June, leaving only a limited number of mainly legal issues for the Portuguese to sort out.

(...)
Marco Incerti, analyst at the Brussels-based Centre for European Policy Studies, said "this was a relatively easy task - they practically had the treaty in the bag", but he added that the Portuguese "fared well" in tackling the last treaty obstacles.

But Lisbon then caused a small PR fiasco out of the final signing ceremony of the document in December. "This was a bit of a narrow approach," Mr Incerti told EUobserver "Instead of saying: this is a treaty for Europe and it doesn't matter where it is signed, they said: We are Portugal and this is the treaty of Lisbon."

(...) Meanwhile, the leadership style of the Portuguese presidency was characterised not only by the smooth presentation skills of prime minister Jose Socrates but also by the sometimes ad hoc approach Portuguese officials of meetings in Brussels. (...) Portuguese lunches are said never to have started before two o'clock, while meeting agendas and speaking times for the EU-Africa summit were distributed only at the very last minute. (...) "It was a bit à l'improviste, making it up as we go," according to one diplomat (...)."

1 comentário:

Anónimo disse...

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