2.5.13

Entendendo mulheres que marcam greves ao sexo (com várias hipóteses de permeio)


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Agora foi na Colômbia. Mulheres ativistas contra a inércia dos homens que as governam convocaram uma greve ao sexo. Intuem que tocam num interesse sensível dos governantes (e que os outros homens que são governados vão pressionar os que governam pela abstinência involuntária). Pondo as barbas de molho, pode ser que sejam convencidos a decidir aquilo que as senhoras querem que sejam decidido. É nestas alturas que faz sentido dizer-se que elas é que têm o poder.
Estas mulheres são de uma generosidade ímpar. Para se entender, temos que admitir que elas, as grevistas ao sexo, também gostam dele (do sexo).
(Podemos partir de outras hipóteses especulativas: i) elas não gostam da atividade sexual, limitam-se a satisfazer um capricho dos seus companheiros; ii) elas foram educadas para serem escravas sexuais, logo arranjam qualquer pretexto para folgarem e uma greve é o melhor pretexto porque encontra cobertura legal; iii) elas são quase todas lésbicas e a greve não tem sentido.)
Dando de barato o agrado feminino pela atividade sexual, uma greve destas é contra o seu bem-estar, pois também vão estar privadas de prazeres que não dizem desconhecer.
(Mas podemos continuar com hipóteses especulativas: i) os governantes não se incomodarem muito pela ameaça de ausência de sexo das consortes, pois estão habituados a frequentar meretrizes que franqueiam os prazeres carnais contra um pagamento simbólico; ii) as grevistas não são tão generosas como parecem, pois são promíscuas e encontram satisfação fora do casamento; iii) os governantes – ou grande parte deles – fazem parte do lobby gay.)
Não adianta continuar com exercícios especulativos. Uma greve ao sexo é uma autofagia (pois não é provável que todas as grevistas sejam frígidas, já que nessa hipótese qualquer não decisão, decisão adiada ou má decisão é pretexto para um aviso de greve ao sexo com efeitos imediatos – dado que um pré-aviso, como manda a lei, podia levar os varões a procurarem toda a atividade que pudessem enquanto não chegasse o período da greve).
As proibições deviam ser todas proibidas. Menos a que proibisse qualquer pessoa de meter os papeis para uma greve ao sexo. É coisa feia de fazer. Vingança da pior jaez. Pois mete inocentes pelo meio.

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