26.9.11

Os sedutores em vias de extinção?


In http://fatoregional.com/wp-content/uploads/2011/07/tijeras.jpg
Aperta-se o cerco. O contingente dos sedutores vai mirrar. Primeiro foi a ideia de proibir os piropos. Agora, a pretexto da campanha de limpeza de imagem de Strauss-Khan protagonizada pela diligente internacional socialista, um grupo de feministas exaltadas veio para a rua exigir a sua castração química.
Aqui vai um naco de maldade ideológica (e de flagrante enviesamento): a ideia até me agrada. Aquela prosápia do senhor, a mania que é sedutor, o cheque em branco que a internacional socialista quer passar (eles encobrem-se uns aos outros, qual maralha mafiosa) e, o melhor de tudo, um socialista fundir-se no papel de marialva de início de século XX (quando os socialistas se acham do mais modernaço que existe) faz por momentos repudiar a lucidez. A ideia da castração do senhor cheio de manias faz crescer água na boca.
Entretanto a lucidez regressa. Como se podem sonegar as violações que alguns doentes continuam a cometer em mulheres? Esta podia ser a pergunta de retórica para dar caução à castração química de quem fosse sancionado por crimes sexuais. Mas nessa altura solta-se outra interrogação: estamos ou não, Europa, na vanguarda da civilização contemporânea (com a carga polémica que a expressão contém, admito)? E admite-se que censuremos os Estados Unidos por manterem a pena de morte, ou alguns países que depressa cunhamos com um depreciativo adjetivo (atrasados) por manterem leis penais de uma severidade ímpar, ou que nos arrepiemos com a criminalização que segue o método de Talião (olho por olho, dente por dente) e depois uns sectores que escorregam para o fundamentalismo na defesa das respetivas causas preconizem o mesmo método para punição dos criminosos?ã﷽﷽﷽﷽﷽﷽﷽﷽vçoinho. as  pretende a castraç
Se a moda pega e as feministas frígidas levarem a água ao seu moinho, um dia destes já não há sedutores. Quem quer arriscar a sê-lo, com tamanha sanção? Por este andar, no final da história tudo será asséptico, sensaborão, assexuado. Talvez seja esse o sonho das frígidas feministas. 

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