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Um módico de perseverança. E outro tanto de
método. A capitulação pertence aos fracos. Desdobrem-se os lençóis onde se
acolhe a nitidez do porvir. Pode ser medonho o tempo por diante, por ser uma
incógnita tamanha esse tempo. Que não sirva para ensimesmar a incapacidade. Os
timoratos não deixam um rasto para a posteridade. E a posteridade é a promessa
que se levanta.
Sabemos que nada se consegue de supetão. As
paredes das muralhas que temos de vencer estão armadilhadas, cheias de musgo
que faz escorregar as mãos à mínima distração. Metódicos como somos, desenhamos
uma estratégia. Vamos passar a perna às armadilhas que estiverem por vir. As
que conhecemos, podemos contar com a penumbra onde se acoitam, agasalhadas pela
hipocrisia que é seu selo. Mas depois, sem contar, podem vir outras que não
estavam antecipadas. Que haja uma nesga no plano para lidar com as inesperadas adversidades.
Elas podem diminuir a fervura onde se levanta o ponto de rebuçado. Desde que
não sejam gelo bastante para deitar abaixo toda a fervura e o ponto de rebuçado
expirar, irremediável.
A paciência ilustra o caminho até ao ponto de
rebuçado. A fervura tem de ser lidada com destreza. O termómetro, ferramenta
sempre à mão, calibrado tem de estar. Para não serem embaciadas as informações
que nos põem num sítio onde não estamos. Devemos pedir ajuda a um feiticeiro
que afine perenemente o termómetro? Quem nos diz que o feiticeiro é capaz, ou
que se anestesiou diante das miríficas promessas de um ardiloso? Só podemos
contar connosco.
Metódicos que somos, cuidamos de
aformosear os passos que damos com a diligência que se impõe. Já sabemos que
uma casa não se cuida de construir a partir do telhado. E sabemos que a fervura
é uma subida de temperatura de que nos fazemos arquitetos, pacientes arquitetos.
Temos a fonte de calor nas mãos. Somos nós, e só nós, que a doseamos no
preceito desejável. A linha no termómetro subiu quando teve de subir. E agora,
que o ponto de rebuçado é quase aqui, somos os alquimistas que cuidam do
arrematar o produto final.
Não temos ainda ponto de rebuçado.
Mas ele está nas nossas mãos.
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