Cage the Elephant, “Mess Arround”, in https://www.youtube.com/watch?v=Wl7cF9bwNHE
No país pequenino: onde tudo se põe a jeito de ser
diminutivo. Como se o diminutivo tratamento fosse manifestação de carinho, sem
dar conta que apenas trata de desvalorar.
Onde, à falta de capacidades, desfalece a avaliação judiciosa
e se arremata a outorga de credenciais selada por um burocrata qualquer,
tornado especialista em mangas de alpaca. Onde se pratica o elogio da
mediocridade e se espezinham os que dantes fizeram por merecer credenciais. O
lugar onde se destrói o esforço dos que se esforçaram e se premeiam os madraços
que esticaram a corda porque alguém os terá convencido que, por exaustão de
quem os credencia, acabarão por fruir. O lugar onde as regras contam como
exceção e a exceção se transfigura em regra.
Um lugarzinho. Onde apenas se faz de conta. Onde há
gentinha, pequena, pequenina, que aquiesce nos madraços e desaproveita o ânimo
de quem se esforça por emprestar reputação. Onde se brinca às experiências. O
lugarzinho onde se prometem facilidades, ditas facilidadezinhas, que tem de ser
à escala do esforço que os candidatos põem sobre os ombros: pequeno, pequenino,
cada vez mais pequenino a perder de vista. Um lugar onde aprendizes de
vanguardas medram no experimentalismo, dando caução às regrazinhas que são
regrazinhas por nelas habitarem mais exceções do que regras. Dizem uns,
porventura condescendentes com a reinação, que são os tempos novos que se fazem
ouvir. Os tempos dos arrozes sem refogado, sem sal, sem água, sem condimento
algum, só arrozes transformados em antítese de iguaria, sem sabor, sem textura,
apenas com um imenso nada a corporizá-los. Arrozinhos, à medida da terrinha
pequenina comandada por gente de semelhante igualha.
Um lugarzinho onde lugares-tenentes tirocinam na arte da
palmadinha nas costas entaramelada com um “não se arranja nada?” (para solução
de um problema que não encontra solução no predicado das regras). O pequenino
reino das artimanhas, se a exigência não vier a preceito. São malandros, estes
arrozinhos. Se calhar, nem isso conseguem ser: apenas malandrinhos, pois nem
nos ardis que puxam lustro à diligência da saloia esperteza conseguem alcançar
destreza.
Não há, sequer, sebastianismo que valha a este
lugarzinho.
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