Sleigh Bells, “Demons”,
In https://www.youtube.com/watch?v=g0_BlUbGBSo
I
Como um explorador
que oferece ao mundo os novos caminhos encontrados. Precisamos de novos
caminhos para arrotear as avenidas que trazem descobrimentos, que perfumam a
diferença que procuramos coreografar para trazer para dentro os deslimites de nós. Os novos caminhos
exploram os lados ocultos do que nos é dado a conhecer, os lados ocultos que
hibernam por dentro de nós. Como se fosse preciso ver no avesso da página,
encontrar as bissetrizes do desconhecido e, através dele, tirar o verniz ao lado
oculto. Alguns asseguram que este é um processo imperativo para a reinvenção do
ser. Outros desestimam os seus predicados, acham que não passa de uma
frivolidade que vem de mão dada com a perplexidade da alma que semeia
desencontros com os eixos do ser.
II
Nos contrafortes da
férrea personalidade, talvez misturados com alguma teimosia impenitente,
pergunta-se: por que precisamos de novos caminhos, se os que temos como
habituais configuram a plenitude dos prazeres? Ou, em versão que quadra com os
cânones do realismo, por que haveremos de partir rumo ao desconhecido, se
sabemos que as possibilidades do presente não devem ser cerzidas pela incerteza
de um porvir achado dentro de um quarto escuro? As luzes hesitantes, acenadas
por um porvir apenas embalado pela aurora da diferença, não são incentivo que
chegue. É quando vem ao pensamento a lição do povo quando filosofa sobra a
troca de equídeos de diferentes pergaminhos, de como podemos ficar com o pior
dos mundos quando a troca nos mete a andar de marcha-atrás. Os novos caminhos podem
atapetar uma servidão: a da exigível procura de novos caminhos, talvez pelo
logro da monotonia. É um alçapão que embacia o juízo.
III
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