27.1.14

As más fantasias dos socialistas

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As generalizações não são boa medida. Também sei que há uns anos satirizei uma crónica de Joana Amaral Dias, sex symbol da extrema-esquerda, dos dragões e de muita outra gente, certificando que só a malta de esquerda era boa praticante na arte do sexo. Por isso corro o risco de ser acusado de incoerência com a sátira que se segue à ex-promessa da esquerda modernaça, o então ainda candidato à presidência francesa, François Hollande.
Não tenho nada com os devaneios privados de Hollande. Deixaram de ser privados, é certo, porque o senhor é presidente da França e muitos olhos seguem-no com atenção. Mas, em pensando bem, quando um anónimo cidadão das nossa redondezas descai no pecado de adultério, toda a gente comenta e interioriza o papel de juiz dos comportamentos alheios; por maioria de razão, não admira que muita gente tenha opinado sobre a carne fraca de Hollande.
Mas não é isso que interessa. Consta que Hollande quis esconder o pecadilho e montou, com a ajuda dos serviços secretos, uma imaginativa (julgavam) operação de disfarce para que o presidente francês pudesse ir ao encontro da amante sem ser descoberto. A fantasia não se distingue pela criatividade e pelo bom gosto. Alguém do círculo de Hollande (ou o próprio) inventou um disfarce de estafeta de pizza, com indumentária a preceito, para entrar nos aposentos da concubina e os dois se entregarem a uma noite de lascívia. Usando a teoria Joana Amaral Dias, dir-se-ia que Hollande (ou quem encenou por si) é de direita. (Por estes dias, depois da conversão de Hollande ao catecismo da austeridade – disfarçada com um eufemismo: “rigor” –, não é novidade.) Foi um dia de imaginação ausente. Paris terá visto pela primeira vez um estafeta de pizza protegido por carros dos serviços secretos. E nunca terão pedido a agentes dos serviços secretos para entregarem croissants frescos ao casal de amantes na manhã seguinte. Já se tinha ouvido falar que os serviços secretos estão em decadência, mas este serviço foi como cravar um punhal na dignidade dos serviços secretos.
Correndo o risco das generalizações (que são amiúde fraudulentas) e da incoerência de postfaciar a teoria Joana Amaral Dias, eis a minha conclusão: diz-me como são as tuas fantasias carnais, dir-te-ei o jeito que tens para a política.

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